Por Francisco
Cajazeiras(**)
“O homem bom tira boas coisas
de seu bom tesouro e o homem mau
do mau tesouro tira coisas más.”
(Jesus
– Mt, 12:35)
Há pessoas que se apegam
ruidosamente a uma ideia, acreditando –
por vezes de boa fé – no que franquearam se arquitetasse e aninhasse em nível
íntimo, que se obstinam em levar às últimas consequências os objetivos adrede
delineados.
Se a perseverança é uma
virtude indispensável ao progresso do Espírito em curso evolutivo, não menos o
são a prudência e o bom senso, sendo-lhe a teimosia óbice dos mais difíceis de
transpor.
Indispensável, por
conseguinte, analisar, sem paixões, os frutos do esforço desprendido, certo de
que não pode doá-los maus a boa árvore, como a árvore má não os produz bons.
Se, pois, há desequilíbrio,
mágoas, rancores e outros sentimentos menos dignos, ainda que dissimulados, por
solvente do que se quer apresentar; e se há utilização de expedientes
condenáveis, em desesperada ânsia de “comprovar” a própria crença, patenteia-se
a verdadeira intenção, evidenciando-se indubitavelmente a má influência.
De outra forma, sempre que
um trabalho no Bem se organiza, alargando-se e fortalecendo-se, frutificando e
dessedentando corações desidratados de amor e de esperança, faz-se previsível a
reação das sombras, no sentido de inutilizá-lo, de se lhe opor ou pelo menos
desacelerá-lo.
Mas como enfrentar a luz que
emana do labor caritativo e espiritualmente esclarecedor, senão visando atingir
os elementos humanos que o geram e o conduzem no aquém, com boa vontade e
desprendimento? Somente imobilizando os trabalhadores terrenos lograrão nossos
irmãos menos moralizados do plano extrafísico o seu intento.
Na condução dos seus planos,
envolvem especificamente os trabalhadores que, desavisados ou acomodados ou
predispostos à mágoa fazem-se instrumentos de difamação e de escândalo,
detonando suas armas maledicentes com toda a fúria, esquecidos que, dessa
forma, - a um observador paciente, calmo e atento – descortinam as paixões que
o direcionam.
A oração, a vigilância e o
perdão das ofensas são antídotos eficazes à sua atuação nefasta, enquanto a
lógica, o bom senso, a justiça e o comportamento evangélico viril antagonizam o
veneno já instilado, não podendo jamais serem dispensados no trabalho de restabelecimento
da verdade.
(*) artigo publicado como editorial do jornal Ceará Espírita, da FEEC, de nº 62, em julho de 1995.
(**) médico, professor universitário, escritor e expositor espírita, pres. do Instituto de Cultura Espírita e da Associação Médico-Espírita do Estado do Ceará.
Muito pertinente... Que possamos todos refletir sobre essa proveitosa mensagem do dia.
ResponderExcluirUm abraço a todos do Canteiro.
Meire Ramos
Excelente texto para auto análise!
ResponderExcluirQue TODOS possamos analisar se realmente estamos sendo caridosos com o próximo, com certeza a oração, a vigilância e principalmente o perdão para os que por ventura estejam nas garras das sombras é essêncial para o bom andamento do trabalho...PENSEMOS NISSO!!!!!!!!!!!
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