Por Roberto Caldas (**)
Testemunhamos
os milagres da tecnologia e não cansamos de nos surpreender com as inovações
diárias que alcançamos, enquanto civilização, frutos da desenfreada
inteligência humana que se revela nos avanços das ciências modernas, em
praticamente todos os seus campos de ação.
Penetrou-se nos interespaços
universais e nos aproximamos de forma rápida das vizinhanças planetárias
trazendo informações que aplicadas à rotina da astronáutica nos permitirão em
breve tempo a conquista dos espaços gravitados em torno do nosso astro
luminoso, o Sol. Mergulhou-se na incomensurabilidade das formas menores e
confrontamo-nos com o espetáculo dos universos atômicos a desenharem as
estratégias da conquista dos potenciais de energia que haverão de mover todo o
progresso nos milênios que se seguem. Vislumbraram-se as células e avançamos
cada vez menos limitados à descoberta dos diagnósticos e dos tratamentos que a
cada dia que passa mais curam pessoas ao redor do mundo, assim assistimos ao
aumento da expectativa de vida nas cidades.
O passar dos anos provam que a
humanidade caminha decisivamente para
adaptar-se às necessidades do planeta num processo da avaliação que se traduz
no aprendizado que induz à busca de tecnologias que permitam o avanço aliado à
preservação do ambiente, embora ainda tenhamos que amargar algumas derrotas
proporcionadas pelas ambições desmedidas que alimentam o sistema capitalista
que ainda dá o tom das conquistas.
Apesar de todas as grandes
revoluções que experimentamos e além de toda afirmação que parece termos
conseguido ao gritar aos quatro cantos a nossa condição de espécie superior,
dotada da opção de construir e de destruir, nunca, em nenhuma outra época
precisamos tanto de Jesus quanto agora.
Presente
no ambiente da Terra, antes mesmo que esboçasse a sua condição de planeta
habitável, na sua origem de corpo incandescente, Jesus já traçara a sua
ambiciosa pretensão evolutiva, cuidando de cada detalhe para que pudesse nessa
região do sistema solar se estabelecer a gleba humana que formamos.
Herdeiros
de sua mensagem, que nos foi endereçada há mais de 2000 anos, ainda somos
reféns de uma ignorância espiritual que nos dispõe comparável a qualquer animal
de espécie inferior quando mantido fora do seu habitat e sob estresse. Sem a
espiritualidade dos seus ensinamentos a nossa inteligência sucumbe frente aos
desafios que a solidariedade nos impõe em tornarmos o mundo mais igual. Sem
Jesus os grandes centros da sabedoria humana se transformam em espaços de
cegueira emocional, destituídos da capacidade de entender a fagulha divina que
há em cada um de nós.
Crianças
espirituais, precisamos buscar em Jesus a iluminação dos nossos pensamentos e a
firmeza para as nossas atitudes, enquanto ainda não ampliamos de forma
significativa a nossa capacidade de perceber o quanto temos a aprender sobre o
amor e a semeadura do paz entre os homens. Feliz nascimento de Jesus em nossos
corações.
(*) Editorial do Programa Antena Espírita, de 23.12.2012.
(**) médico, integrande da equipe do Programa Antena Espírita e voluntário do Centro Espírita Grão de Mostarda.
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