Por Roberto Caldas (**)
Desde a mais remota época aprendemos a
procurar a ajuda de Deus para a solução de problemas que se encontram dispostos
na rotina de nossas funções humanas. De maneira mais aguda buscamos a sua intervenção
sempre que o risco de doença e morte cerca às pessoas queridas que componham o
nosso ambiente familiar e social. É muito comum a esse respeito ouvirmos
inflexões do tipo “Deus não permitiria” ou “Deus haverá de solucionar”. Há
aqueles que chegam a se mostrar decepcionados com Deus quando as suas rogativas
não são atendidas e cobram a ingratidão, “por que deus fez isso comigo?”.
No
capítulo VI do Evangelho de Mateus, que trata em parte do sermão do Monte,
Jesus conclama no versículo 33 considerando os rogos que dirigimos ao poder
divino: “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas
vos serão acrescentadas”. A lição cai em nossas mentes convidando-nos a uma
reflexão capaz de aprofundar a compreensão da relação existente entre o nosso
pensamento e a potencialidade absoluta de Deus.
Por
Absoluta, essa potencialidade não se move em nossa direção, senão seria
parcial. Se estivesse protegendo de um lado e deixando de proteger de outro
lado poderia ser considerada injusta, daí imperfeita. Sua Majestade se encontra
no fato de ser única em todas as situações, impassível em suas inflexões e
jamais trocar de olhares seja quais forem as situações. Não é Deus quem traz a
saúde ou a doença, a riqueza ou a pobreza, a vida ou a morte, logo não pode e
não interfere, como pretendemos, nas questões que envolvem os resultados que
almejamos para nós muitas vezes em detrimento dos resultados dos outros. Por
comparação diríamos que o Sol não cria uma situação para cada planeta que
compõe o seu sistema orbitário, apesar de cada planeta sofrer de maneira
diversa, dependendo de sua posição, aqueles fenômenos solares.
Dessa
forma Deus em sua Justiça, Sol do Universo, permitiu e permite que seres ascendam
das formas mais primitivas até a angelitude, sem intercessões de qualquer
natureza. Nós, seres imperfeitos é que nos transformamos para compreendê-lo, à
medida que os sentidos se aperfeiçoam, sem que Ele modifique sequer um ponto em
sua Imparcialidade frente às pessoas ou as coisas.
A
acessibilidade a Deus, só a temos pelo pensamento, mas Jesus traçou a
trajetória de quem pretenda estar em comunhão com a divindade. Em João XIV:6
afirma-se: "Eu sou o caminho, a verdade e a
vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim." Dá-nos como legado a sua
mensagem universalista, contida nas palavras de todos os reveladores que
passaram pela Terra, oferecendo aos homens a chave do crescimento espiritual
mercê da prática do bem ao próximo como a alavanca principal que propicia o
progresso.
A Doutrina Espírita, a chave do entendimento para a mais
clara interpretação de Jesus, descortina ao homem moderno a visão magnífica de
Deus, explicitada na orientação cristã, de que fazemos parte de uma mesma
tribo. Fazemos parte da família divina, sem exceção.
(*) editorial do programa Antena Espírita de 20.01.2013
(**) integrante da equipe do programa Antena Espírita e voluntário do Grão de Mostarda.
Excelente texto.Parabéns!
ResponderExcluirAlex Saraiva
Crateús - CE
É necessário sempre estudar o evangelho para interagir-se com as obras de Deus, através dos ensinamentos do nosso irmão, mestre maior, governador do nosso planeta, JESUS CRISTO!
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