Por Roberto Caldas (**)
A fonte da vida não cessa de jorrar. Como não
cessam os movimentos de formação e destruição dos corpos celestes, em síntese a
saga da transformação do Universo. A lógica científica admite com acurada
expectativa a existência de outros ciclos biológicos e mentes inteligentes fora
do planeta Terra, embora ainda não os tenha encontrado. Sem menosprezo às
correntes de idéias que parecem divergir desse entendimento, podemos afirmar
que a visão de um universo habitado por inteligências diversas da civilização
humana é muito mais convidativa do que supor-se que a esfera terrestre,
acanhado ponto perdido em meio à imensidão da via láctea com seus bilhões de
sóis, seja a única opção de existência da vida e desenvolvimento das faculdades
intelecto-morais.
A
diversidade dos mundos habitados era conhecimento adquirido desde a época dos
povos mais antigos como os Fenícios e os Caldeus, grandes navegadores que
conheciam muito a respeito dos astros. Jesus assinalava ( João XIV :1 a 3) que
“na casa do meu Pai há muitas moradas”. A própria cultura exibida por povos
antigos e algumas construções em épocas onde não havia uma engenharia que as
permitisse são sinais de que o nosso planeta teria sido visitado por seres mais
desenvolvidos vindos de outras galáxias que nos ensinaram alguns pontos
importantes para que os habitantes da Terra acabassem por criar uma identidade
própria.
No Livro dos Médiuns (1ª Parte, Cap. I, n° 2) os Espíritos se dirigem à questão
da habitação universal com a seguinte declaração: “Por que injustificável privilégio este quase imperceptível grão de areia
(a Terra), que não avulta pelo seu volume, nem pela sua posição, nem pelo seu
papel que lhe cabe desempenhar, seria o único planeta povoado de seres
racionais? A razão se recusa a admitir semelhante nulidade do infinito e tudo
nos diz que os diferentes mundos são habitados”.
A doutrina Espírita
propugna pela multiplicidade de existência da vida Universo afora, tanto
materialmente quanto espiritualmente. Encarnados ou desencarnados ocupamos
todos os espaços universais, algumas vezes muito longe uns dos outros, de
outras vezes nos acotovelando sem que sequer percebamos. Somos todos cidadãos
do espaço sem fim, filhos dos espaços incomensuráveis, dispersos na infinitude
que se perde nas noites e nos dias eternos, quais crianças que se deliciam em
imenso carrossel com o mundo a girar em torno de si, extasiadas e excitadas
diante da vastidão que se desdobra muito além do que podem apreender o alcance
dos olhos.
Em nome da grandiosidade que nos envolve, só possível
de ser percebida pela profundidade do pensamento, Antena Espírita presta
homenagem no primeiro programa do ano de 2013 aos amigos que nos anteciparam na
grande viagem em direção ao mundo espiritual, desde a sua primeira edição,
representando-os na figura de Mário Caúla Bandeira, na data em que completa 3
anos que nos deixou sem a sua presença física.
(*) Editorial do programa Antena Espírita de 06.01.2013
(**) integrande do programa Antena Espírita e voluntário do Grão de Mostarda.
Bela matéria e feliz homenagem ao amigo Mário Caula. Parabéns!!!
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