Por Paulo Eduardo (*)
Imagens bem definidas, na
moldura de capa das 41 poesias com idéias espíritas e muita sensibilidade. Um
roteiro de harmonia para apaziguar os ânimos num vocabulário que transcende por
enfeixar uma luz diferente pela beleza de expressões bem concatenadas.
O lirismo de um poeta que
o tempo não apaga. Gilberto Veras, Engenheiro Civil, tem uma engenharia
genética de raro sentir para dizer as coisas com ritmo e leveza, em época de
tanta grosseria no falar ou escrever, sem a vigilância necessária para
asserenar espíritos.
No sumário em que se
projetam os assuntos trazidos por Gilberto Veras, tem-se, de logo, os títulos
rotulando toda uma gama colorida de um devaneio puro. São as “coisas do
coração” que só a poesia traduz, com o sentimento voltado para a grandeza da
criação divina.
Um perfeito entrosamento,
num retrato em corpo inteiro com a precisão de enfocar o espairecer da mente
lúcida dos menestréis ou trovadores da elite que pensa de forma suave, num
tangenciar de evocações que se renovam a cada dia.
Um livro, um retrato
enfocando o eu, de forma mágica, na projeção do “sou o que sou”, revelando a
simplicidade própria dos que versejam. Deambula o autor, por caminhos cuja
navegação tem a suscetibilidade de marcar pontos na imaginação de “alta
freqüência”, dando a precisão do Espiritismo para luzir em reformas interiores.
Livro didático para
entender os passos para atingir a maioridade dos sentimentos dentro da
sistemática divina. Um “retrato” que se observa com encantamento em cada página
de singeleza.
O escritor enfoca “Deus”
na objetiva do seu raciocínio que diz: “No homem alvo, / feições delicadas, /
semblante compassivo, / e de terno olhar, / não O identifico. // Também não O
menosprezo/ na pessoa poderosa, / antropomorfa, / sentada num trono, /
imponente e de barba branca, / a mandar e desmandar. // ELE para mim é a força
suprema, / energia infinita, magnífica e radiante, / que controla, governa/ e
equilibra o universo sideral, / em absoluta harmonia. // É a expressão do
incrível, / observada no aroma de uma flor, / na perfeição do vôo do pássaro, /
na colaboração fraterna/ do trabalho de irracionais, / na sonoridade maviosa do
sabiá, / no instinto de conservação de todos os seres, / e no amor
incondicional e puro, / que pululante e sublime, / faz morada no coração de
todas as mães”.
(*) jornalista e integrante do programa Antena Espírita,
De uma sencibilidade incrível! Copiei!!!
ResponderExcluirParabéns!
Sinto-me honrado com o parecer do Dr. Paulo Eduardo, juiz de direito, íntimo da boa literatura e talentoso crítico literário. Sensibilizado, agradeço os comentários inteligentes e fraternos, revelados com a pena da síntese poética, qualidade rara encontrada tão somente em escritores consagrados, que conseguem harmonizar a precisão das palavras com a beleza da alma crescida. Amigo Paulo, forte abraço envolvido por sincera admiração.
ResponderExcluirGilberto Veras