Por Paulo Eduardo (*)
Sonhar é o pensar dormindo. Mil mistérios na
esteira do raciocínio para entender a própria vida. Sutilezas em mensagens cifradas
sobre a natureza divina do ser. Mostra supra-realista dos filmes conscienciais.
Rastro de fenômenos cujo surrealismo realmente impressiona e marca.
Visão dinâmica descortinando vivências
incríveis. Mistura enigmática de formas às vezes não alcançadas à nossa
percepção normal das coisas. Fatos e atos aparentemente sem lógica. Razões que
“a própria razão desconhece”.
A filosofia dos sonhos consegue despertar
ideias nunca percebidas. A dialética do sonhar segue curso de raciocínio
ilógico. É a busca por entender a grandeza de tudo o que nos cerca.
Há “sonhos resolutivos” que nos deixam bem
próximos da divindade. Captações de sensibilidade além do normal. Sonhos que
definem momentos de profunda religiosidade, sem passar pelas “divisões Cristãs”
dos muitos credos que nos rodeiam.
A visão de Nossa Senhora, por exemplo, dando
reflexos de muita luz a desfiar belíssimo vocabulário de paz e concórdia, num
átimo emocional capaz de fazer aflorar lágrimas. Súbito despertar para uma
certeza que dorme no recôndito de cada filho de Deus nascido, essencialmente,
para a prática do bem.
Visão divinal acompanhada de uma sonoridade
de acordes musicais jamais captados pelo ouvido humano dos que pairam neste
planeta de expiação e provas...
Modorra gostosa na tentativa de continuar a
trajetória do sonho. Decifrar o canto de pássaros já usando gorjeios traduzidos
em vocabulário exclusivo do homem. Pássaros “falando”, como nas historinhas
infantis. Muita sabedoria numa sonda de profundidade para entender o universo
que nos abriga. Ortografia sônica provando a nossa capacidade de interpretar as
origens da existência.
Os sonhos assemelham-se a previsões. São
futuristas, na alimentação dos desejos de harmonia pura para o conviver.
Nenhuma simples quimera. Valores profundos para serem sopesados e usados no
sentido de reverter crises.
Seremos capazes de “administrar os sonhos?”.
- Que tal a tentativa de usar a prece para
estabelecer o vínculo com a natureza cósmica que pontua nossos sentimentos e
esperanças?
Vamos na busca do ideal de liberdade,
fraternidade e igualdade, na certeza de que “fora da caridade, não haverá
salvação!”.
Os “sonhos resolutivos” têm a força de nos
deixar, literalmente, sonhando de olhos abertos...
Dormir, sonhar, acordar, voltar a dormir e
sonhar, quantas vezes forem necessárias, para atingir resultados.
Na junção de temas ousamos o paralelo entre
ficcionismo e realismo, para estabelecer o clima de reflexão que nos faça
partícipes do Evangelho de Jesus e sua pregação sem preconceitos de qualquer
espécie.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 28.06.2015.
(*) jornalista, colunista do Diário do Nordeste e integrante da equipe do programa Antena Espírita.
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