Por Roberto Caldas (*)
Espécie em pujança sobre todas as demais
espécies, os seres humanos ocupam privilegiada posição na teia da vida. Último
vértice da criação da vida sobre a Terra foi aquele elemento após o qual, na
linguagem figurada dos seis dias bíblicos, Deus descansou. Maior predador entre
todos os animais é capaz de decidir quanto à existência dos próprios
semelhantes. Dotado de inteligência criativa é capaz de resolver problemas das
mais variadas escalas, inclusive consegue modificar o próprio ambiente quando
necessário.
A
espécie humana é fisicamente frágil, pois escuta menos que um cão, enxerga
menos que uma águia, é mais lerda que um gato, proporcionalmente tem muito
menos força que uma formiga e menor resistência aos impactos do que uma barata.
O enclausuramento no corpo físico nos faz capacitados para identificar próximo
à décima parte dos estímulos que nos envolvem. È com essa escassa condição que
pretendemos exibir as nossas teorias científicas como se definitivas fossem. É
então que percebemos o quanto estamos distantes de um consolidado rastreio da
realidade. E quão maior o campo de dores em que estagiamos, menor as nossas
possibilidades de avaliação. Os nossos mais especializados aparelhos de
detecção de imagens diagnósticas não captam os infortúnios que dificultam os dias
das pessoas e ainda não se consolidaram em lesões visíveis aos seus espectros. Provável
que tenha sido na direção dessa constatação que Jesus terá dito a Nicodemos,
naquele célebre diálogo descrito em João (3, 7b a 15): ...Se não acreditais,
quando vos falo das coisas da terra, como acreditareis se vos falar das coisas
do céu?
A
Doutrina Espírita traz em sua essência uma revelação que desafia os
conhecimentos amealhados pela humanidade no decurso desses milênios de
construção da nossa civilização. Sendo mais preciso, o conteúdo de sua
divulgação é uma releitura dos conhecimentos que desde a mais longeva
antiguidade é repetida por diversas doutrinas do passado que indicava ser a
nossa natureza uma associação de elementos materiais (o corpo) sob a direção de
uma força invisível (o Espírito), lições repetidas entre os antigos chineses,
que datam 10 mil anos antes da era cristã e até dos filósofos de Egito, e da
Grécia que também viveram antes do advento de Jesus. Tais informações, antes do
descortinar da mediunidade que trouxe as vozes do além para comprovarem a
existência desse mundo paralelo, não passavam de simples dedução da realidade e
compreendidas pela história como meras reflexões filosóficas.
É
natural, portanto que haja por parte dos nossos contemporâneos tantas
dificuldades em entender o entrelaçamento das “coisas do céu com as coisas da
terra” e busquem, ainda em vão, comprovar com a nossa pobre ciência as questões
que envolvem uma metodologia científica que desconhecemos nas academias do
planeta. Apesar de todas as virtudes que a espécie humana conseguiu colecionar,
nos bilhões de anos de evolução que nos trouxeram até aqui, ainda precisamos
caminhar muito para que se ampliem os ângulos de visão que nos capacitarão para
a lucidez que a Era do Espírito nos proporcionará. Até que alcancemos essa
condição mantenhamos a atitude serena, na certeza de que o Mestre Jesus nos
aguarda a muito tempo embalado pela certeza de que olhos e ouvidos que vêem e
escutam são capazes de extrapolar a clausura no corpo físico e crescem em
entendimento na direção das realidades espirituais.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 26.07.2015.
(*) escritor, editorialista do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda.
MAIS UMA VEZ UM COMENTÁARIO MUITO BOM. GOSTEI DAS COMPARAÇÕES DO SER HUMANO EM RELAÇÃO AOS ANIMAIS. MAS NÓS TEMOS UMA VAMTAGEM , SOMOS ESPIRITOS ENCARNADOS, QUE TEMOS A OPORTUNIDADE DE EVOLUIR, A CADA REENCARNAÇÃO QUE TEREMOS, CABE A NÓS RECONHECER ESTA CHANCE E PEGARMOS COM GOSTO DE GÁS.
ResponderExcluirBRUNO PORTO FILHO
SOCIEDADE ESPIRITA DR. ANTONIO JUSTA
ABÇOS A TODOS.
Você compartilhou um bom artigo aqui sobre surdez. Seu artigo é muito informativo e descreve bem as causas e remédios naturais da surdez. Sou grato a você por compartilhar este artigo aqui. otorrino brasilia
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