A personalidade que o Programa Antena Espírita homenageia nessa ocasião é alguém que precisou lutar de forma renhida do começo ao fim de sua existência na Terra. Muito cedo precisou cuidar de irmãos mais novos, aos quais se juntaram sobrinhos órfãos, antes mesmo de exercitar as suas capacidades pedagógicas pela formação que buscou para educar pessoas mundo afora. Professora, educadora, jornalista, ativista do movimento feminino, mulher, médium. Essa é Zilda Gama (11/03/1878 em MG - 10/01/1969 no RJ).
Escreveu profissionalmente para jornais comerciais de Ouro preto, Juiz de Fora, Rio de Janeiro e São Paulo. Atuou em prol do voto feminino tendo sido autora, em 1931, de tese sobre o tema, cuja aprovação do Congresso Feminino tornou a redação oficial para a luta das mulheres pela representatividade eleitoral.
O impacto de sua capacidade mediúnica antecede ao grande fenômeno mundial da psicografia – Chico Xavier – que lançaria sua primeira grande obra, Parnaso de Além-Túmulo, em 1932. Espírita, embora ainda não declarada publicamente, em 1912 recebe uma inesperada mensagem psicográfica de Allan Kardec (Chico Xavier contava dois anos à época), com grande impacto a sua emoção.
Assim se lhe dirigiu pela psicografia o Codificador: "Sobre tua fronte está suspenso um raio luminoso, que te guiará através de todas as dificuldades, de todos os obstáculos, e será a tua glória ou tua condenação — conforme o desempenho que deres aos teus encargos psíquicos. Cinge-te de coragem, fé, benevolência, cumpre sem desfalecimento, e sem deslizes, todos 05 teus deveras sociais e divinos, e conseguirás ser triunfante. "
Dona Zilda ainda teve a honra de outras manifestações de Kardec nos anos seguintes. As surpresas vindas do mundo espiritual não pararam e para a sua estupefação 1916 foi informada que começaria a trazer romances. Qual não foi o seu susto quando identificou a assinatura de sua primeira novela mediúnica. Ninguém menos que o autor de Os Miseráveis, Victor-Marie Hugo (França – 26/02/1802 a 22/05/1885), mundialmente conhecido como Victor Hugo. A primeira obra prima foi lançada em 1917, sob o título Na Sombra e na Luz. Seguiram-se inúmeras outras do mesmo autor e de outros clássicos da dramaturgia que voltavam para despejar toda a genialidade que permanecia inalterada pelo fenômeno da morte.
A contribuição de Zilda gama para a bibliografia espírita e universal é inestimável. Sua sensibilidade mediúnica, passados tantos anos ainda é um tesouro que não se encontra sem uma profunda garimpagem.
O tributo a essa grande trabalhadora da seara de Jesus não poderia deixar de constar quando Antena Espírita estende o Tapete Vermelho às Mulheres do Espiritismo. Uma mulher do presente, espírita estudiosa e vibrante tem a honra de trazer esse vulto de luz para todos os ouvintes que nos dão a honra de sua audiência. Eugênia Canto, exímia palestrante, divulgadora espírita, professora de Matemática nos traz, para uma justa homenagem, esclarecimentos sobre a Mediunidade de Zilda Gama. Nosso respeito à venerável médium espírita.
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