A mente humana é um mosaico, cujas partes componentes são pedaços de outras mentes que geraram influências ao largo do tempo e foram instalando uma série de dispositivos que definiram o nível de amadurecimento alcançado por alguém.
Como uma colcha de retalhos de tecidos coloridos, os conteúdos vão se acomodando sistematicamente em áreas do cérebro apenas aguardando o estímulo para emergirem ao consciente denotando que lição aprendida não se perde, apenas jazem guardadas.
Coube ao genial Blaise Pascal (Paris - 19/06/1623 a 19/08/1662) sentenciar que “ninguém é tão sábio que não tenha algo para aprender e nem tão tolo que não tenha algo para ensinar”. A experiência do outro é a mais admirável fonte de crescimento de uma civilização, seja pela oralidade ou pela linguagem escrita.
A formação intelectual e moral de cada pessoa é resultado de interferências contínuas daqueles que produzem conhecimentos e despertam a curiosidade para pesquisas que ampliam as possibilidades de catapultar o progresso social e humano.
Quando conseguimos viajar pelas memórias do passado é muito possível que as lembranças consigam trazer ao presente uma quantidade importante de figuras humanas que passaram em nossas vidas e forma de extrema importância para nos despertar o raciocínio e dessa forma contribuíram com o plano de vida que se configura na atualidade. Tantos mestres que serviram de ponte para o trânsito de nossos passos desde a mais tenra idade.
Abrir espaço mental para a gratidão aos professores que orientaram as primeiras letras e nos pegaram as mãos em momentos de dificuldades enquanto lutavam de forma silenciosa com a falta de reconhecimento oficial à gigantesca tarefa de tornar através da educação um povo emancipado e em posse de justa condição social.
Sem professores, uma pátria está condenada à escravidão perpétua, sem incentivo à educação haverá de seguir pária internacional. A altivez de um povo passa pelas mãos dos artesãos do ensino, desde a escola elementar até o alcance máximo da formação acadêmica.
O simbolismo da data que homenageia o Dia do Professor (15/10) deverá ser um lembrete para que jamais esqueçamos aqueles homens e mulheres que estão na base de nossas formações humanas.
A singeleza dessa homenagem não poderia deixar de aludir aos professores Allan Kardec e Amélie Boudet. Dois mestres da educação do Espírito e que, antes mesmo de iniciarem a missão espiritual de trazer a Doutrina Espírita ao mundo, desafiaram as condições de injustiça em que viviam as populações francesas da época e abriram as SUS portas para lecionar e iluminar mentes. Em nome desses dois baluartes da educação formal e da educação transcendental fica decretada a admiração e respeito por todos os professores da terra.
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