À margem das estradas, sobranceira,
Vigilante e plácida, a contemplar
Os transeuntes nas noites de luar,
Ao ver-te, deslumbro-me, carnaubeira.
Vivaz e esperançosa a vida inteira,
Teu desejo é querer os céus tocar...
Como quem tem vontade de voar,
Tu farfalhas nas palmas, altaneira.
Carnaubeira, toda vez que te vejo,
Eu penso ser o teu o meu desejo,
O mesmo sonho grande de subir.
E como tu, que és presa à terra ingrata,
Sofro a mesma ânsia que me maltrata,
Mas, como tu, nunca vou desistir!
Inspirado no ambiente da Casa Espírita Irmã Dália, Várzea da Cobra, Forquilha, onde, a casa em si, encontra-se entre carnaubeiras e comunga com elas, mirando o céu, em prece ininterrupta, o desejo de ascensão...
Lindo poema.
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