“O Espiritismo conduz precisamente ao fim que se propõe todos os homens de progresso. É, pois, impossível que, mesmo sem se conhecer, eles não se encontrem em certos pontos e que, quando se conhecerem, não se deem - a mão para marchar, na mesma rota ao encontro de seus inimigos comuns: os preconceitos sociais, a rotina, o fanatismo, a intolerância e a ignorância.” Revista Espírita – junho de 1868, (Kardec, 2018), p.174
Viver o Espiritismo sem uma perspectiva social, seria desprezar aquilo que de mais rico e produtivo por ele nos é ofertado.
As relações que a Doutrina Espírita estabelece com as questões sociais e as ciências humanas, nos faculta, nos muni de conhecimentos, condições e recursos para atravessarmos as nossas encarnações como Espíritos mais atuantes com o mundo social ao qual fazemos parte.
A constante negação de uma parte do Movimento Espírita em aceitar o Espiritismo progressista e comprometido socialmente, além de ir de encontro a Kardec, como vemos na citação acima, cria animosidades dentro destes mesmos espaços. Precisamos quebrar alguns paradigmas para contemplarmos a vivência do ser humano dentro da cultura de seu tempo, e oferecer a Doutrina dos Espíritos, como um caminho, e não “o” caminho, já que existe vida e progresso fora das hostes Espíritas, para a construção de um planeta Terra com mais justiça e igualdade social.
A marginalização dos temas sociais como sendo “políticos”, a reprodução da cultura vigente, machista, patriarcal e branca, invisibiliza as questões sociais e impede que o Movimento Espírita se engaje socialmente e que seus adeptos compreendam que não haverá mundo de regeneração sem igualdade e justiça social.
Falarmos dos problemas humanos, não é fazer política conforme o Movimento Espírita Progressista é acusado constantemente, em que pese, a política é um que fazer de pertencimento humano, portanto, as políticas fazem parte da nossa vida enquanto Espíritos, seja em que momento da vida estejamos.
Não defendemos as práticas da politicagem, da política partidária, dentro dos ambientes Espíritas, embora precisamos lembrar que muitas destas pessoas que acusam as pautas sociais de debate político-partidário; quando das eleições das Instituições Espíritas ao qual pertencem, são eméritos candidatos aos cargos eletivos, alguns, às vezes, usando da mesma politicagem e política partidária, que costumam acusar e criticar, para atrair os seus correligionários e ocuparem os seus almejados cargos.
Que de forma socialmente organizada possamos combater os verdadeiros inimigos que nos apresenta Kardec, os preconceitos sociais, a rotina, o fanatismo, a intolerância e a ignorância, e que bom que o insigne Professor francês nos alerta para a necessidade desta compreensão, ampla, amorosa e justa da nossa querida Doutrina Espírita.
Gente,
ResponderExcluirBoas vindas ao confrade Alexandre Júnior, do coletivo Ágora Espírita, Recife (Pe). Jorge Luiz
Gratidão meu amigo!!!
ExcluirBem-vindo ao time, Alexandre! Excelente texto.
ResponderExcluirGratidão meu amigo!!!
ExcluirDesde quando aceitar o progresso tem relação com o progressismo? Vocês estão parecendo os abobados de direita que falam que Hitler era de esquerda porque estava no partido Socialista Alemão. NÂO, Hitler não era de esquerda, assim como o Espiritismo NUNCA será progressista. O Espiritismo não fala de luta social, fala de LUTA INTERNA. Não se constrói por fora sem mudar por dentro. Parem de deturpar o sentido EXATO da doutrina. Adoraria debater com alguém do Canteiro de Ideias erradas. Há textos incríveis de Kardec na Revista Espírita, criticando as ideias socialistas e explicando o que de fato precisamos fazer para vivermos em uma sociedade justa e empática. Certamente não será a esquerda que fará isso. Muito sangue já foi derramado em nome de ideologias delirantes. Como diria o maior jurista do Brasil: "A ideologia é a corruptela da mente". Estudem mais Kardec e menos Marx (são antagonistas).
ResponderExcluirMarcelo,
ExcluirEstou à disposição. Escreva, com fundamentos em Kardec e os Espíritos que o Espiritismo não é progressista que terei o prazer de postar. Mas não venha com blá, blá, blá. Aqui não tem espaço pra esse tipo de baboseiras. Jorge Luiz
Como você explica, Marcelo, Kardec dizer que o Espiritismo é chamado a promover as transformações sociais para a construção de uma nova sociedade? Qual o sentido de se identificar nas leis, nos costumes, tudo o que alimenta o egoísmo humano de modo a combater as raízes desses males? O que Kardec quis dizer com uma "civilização completa" e por que deveríamos caminhar nessa direção?
ExcluirBelas reflexões, Gratidão meu amigo!
ExcluirMarcelo recomendo a leitura da citação que antecede o artigo!
ExcluirExcelente reflexão! Me identifiquei da primeira à última palavra. Parabéns!
ResponderExcluirGratidão minha amiga!!!
ResponderExcluirGratidão Alexandre Júnior e ao Canteiro por esta excelente reflexão.
ResponderExcluirA primeira luta que o indivíduo trava é com ele próprio, mas se isso não lhe possibilita nenhum entendimento do seu papel na edificação de uma sociedade com menos desigualdade, com justiça e trabalho digno para todos, é puro egoísmo. A reencarnação é oportunidade de mudança para melhor, transformação, evolução e progresso coletivo.
ResponderExcluirParabéns Alexandre!
Continuemos refletindo e oportunizando reflexões!
Sâmia Carvalho
Gratidão minha amiga!
ExcluirMuito bom, Sâmia!
ResponderExcluirEsse espaço é para oportunizar troca de ideias, afinal, disse Kardec que, a polêmica que jamais deveremos abandonar é a discussão séria dos princípios que professamos.
Jorge Luiz.
Quem é vc Marcelo? Seu sobrenome, por favor...
ResponderExcluirMais Marx pra vc, Marcelo. Falar q o espiritismo nunca será Progressista, sendo q ele já nasceu assim? É muito cômodo não enxergar luta social em Kardec. E muito mais cômodo ver nele apenas luta interna.Limitar o espiritismo ao egoísmo é contraditório. Assim, tanto a luta social qto a interna já estão perdidas. Tiago Morais
ResponderExcluirExcelente reflexão, Alexandre! Sigamos adiante!
ResponderExcluirGratidão meu amigo!
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