Partindo da premissa de que não se precisa de chancela de nenhuma personalidade ou ente federativo para praticarmos, pensarmos e\ou dialogarmos com o Espiritismo, as mentes Progressistas e livres pensadoras promovem a possibilidade de uma alternativa ao que até o presente se encontra exposto como única corrente pensadora espírita, de forma hegemônica e reprodutora de conteúdo.
Dialogar com as ciências humanas com honestidade intelectual é robustecer a doutrina espírita, equipando-a de recursos capazes de munir seus adeptos a se relacionarem com as questões sociais de seu tempo e não serem apenas contempladores do plano-Terra à espera de viverem uma vida de ócio nas colônias espirituais que não foram pensadas para as minorias sociais e para os menos abastados.
Tomando como referência a frase popular: “Tal vida, tal morte,” se as referidas colônias forem o retrato daquilo que nos diz o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, senso 2010. Sendo as colônias espirituais aquilo que é o movimento espírita hegemônico, ou seja, branco, hétero e classe média, podemos concluir que não há espaço para as outras categorias e há lutas de classe até para se ter acesso aos “céus Espíritas”, isso não podemos negar.
O que nos leva a crer que a democratização da espiritualidade tem levado incomodo a uma parcela dos espíritas hegemônicos, que seguindo a frase já citada: “Tal vida, tal morte,” desejam levar os seus privilégios para o mundo espiritual, como na Terra não visam compartilhar aeroporto com determinadas classes sociais, no “céu” não visam partilhar “aeróbus e colônia espiritual”.
O Movimento Espírita Progressista se fortaleceu e parece mesmo que continuará sua trajetória de luta para a produção de conhecimentos e saberes que se deem na troca e na partilha, produzidos por livres pensadoras e pensadores, nunca por força da imposição dogmática, da opressão oficial, do cancelamento ou da negação ao diálogo com diferentes.
Sigamos firmes cientes de que não há, principalmente nos dias atuais, uma única vertente, ou um único caminho a ser seguido, bom, que possamos dizer que não se trata de estarmos ou não com a razão, mas, de termos o direito de professarmos os nossos pensamentos com todas, todos e todes àquelas pessoas que desejarem, o que faz o Movimento Espírita Progressista plural e diverso, aumentando ainda mais as suas formas e áreas de atuação.
Por isso: Um Salve aos Espíritas Progressistas e vida longa aos coletivos Espíritas Progressistas.
Referência Bibliográfica
Música Paz sem voz é medo. Compositores: Alexandre Monte De Menezes / Lauro Jose De Farias / Marcelo De Campos Lobato / Marcelo Falcão Custodio / Marcelo Fontes Do Nascimento Vi Santana
Fonte: https://institutoherculanopires.blogspot.com/2022/01/artigo-um-salve-aos-espiritas.html
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