Por Ana Cláudia Laurindo
Aqui manifestamos vozes independentes!
Os conteúdos analíticos que caracterizam nosso trabalho não seguem jargões, nem vai com as outras, nem com os outros, porque a carência de aceitação não permeia nossos escritos.
Para quem é bom interpretador de texto fica óbvio que tratamos com seriedade o que escrevemos e falamos, e neste bojo, fortalecemos o compromisso com as ciências da sociedade, algo que muito nos interessa enquanto ofício e prática de vida social.
Assim sendo, a sobrevivência é consequência deste compromisso, sem beneplácidos e sem débitos relacionais.
Aqui exercitamos a criticidade como elemento vital à compreensão dos fenômenos históricos, sem negociar sentidos, escolados na arte de continuar apesar dos mal intencionados e dos mal entendidos.
Neste perfil libertário, também repudiamos as tentativas de destruição formal da democracia, mas sabemos que neste modelo democrático representativo onde a nação elege quem tem força econômica e compra votos, a cada pleito ela morre um pouco mais.
A violência antidemocrática de 08 de janeiro de 2023 foi apoiada e incentivada por representantes “democraticamente” eleitos no país estonteado, onde as instituições que deveriam prezar pelas causas coletivas participaram da feira de favores e com ímpeto classista mantiveram o líder do fascismo incólume, sendo até agora punido com um “privilégio”, pois estando inelegível se tornou o maior “cabo eleitoral” do autoritarismo liberal, e flana pelos recantos do Brasil fortalecendo aliados da causa maldita.
Sim, isto não é um conto de terror moderno, é capítulo repaginado da nossa história e nunca deixou de nos afetar de perto, na materialidade da vida, desde as relações entre brasileiros e direitos instituídos, às necessidades de amparo cidadão por parte do Estado, mesmo com Lula na presidência, porque políticas fortalecidas na raiz liberal prosperam atropelando possibilidades de avanço nas causas dos trabalhadores, do povo, da nação.
A vitória do mercado não recua.
A representação aberrante da má política cresce no congresso, batalhando pela redução dos direitos à vida; porque enquanto os eleitores são convencidos de que precisam apoiar os ricos, estes nunca esqueceram que a predação foi o modelo que deu certo nesta América, sob o ponto de vista do segmento dominante.
Hoje gritamos em favor da democracia no Brasil e inúmeros adeptos das políticas escravagistas gritam conosco, porque a farsa está dentro das instituições consolidadas.
Assim sendo, precisamos muito mais do que democracia, precisamos de conhecimento sobre democracia.
Como o Brasil é a nossa casa, não podemos desistir desse país, mas recusamos a ingenuidade festiva dos que acreditam sem analisar, ainda que para isso sejamos incompreendidos por uns e outros.
Mas afirmamos: não foram apenas os golpistas de 08 de janeiro de 2023 que atentaram contra a democracia brasileira, e a maioria dos infratores estão democraticamente eleitos.
Contradição histórica.
Terá jeito?
Excelentes colocações, Ana Cláudia. Se terá jeito? Depende de nós. Doris Gandres.
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