Por Jorge Luiz
Com certeza muitas respostas soarão.
Algumas divagações. Outras arranjadas de improvisos. E muitas, pois já as
ouvi, transferindo-as para a Espiritualidade Superior.
A visão de futuro do movimento espírita sempre será a união dos
espíritas e das Instituições espíritas; a unificação em torno da Doutrina codificada
por Allan Kardec; e a sua própria dinamização.
É bom lembrar que o movimento espírita
é feito por vivos. Cabem, portanto, aos encarnados a tarefa de estabelecer
providências para a dinamização de suas atividades.
Li recentemente o opúsculo “Direção
de Órgãos de Unificação”, editado pela U.S.E., em 1993, onde apresenta um quadro
do movimento espírita do Estado de São Paulo, no ano de 1947, cuja constatação
deu surgimento a referida U.S.E. – União das Sociedades Espíritas. Era o
reflexo do que se passava em todo o Brasil.
Passados todos esses anos constato
que avançamos muito pouco em termos de unidade de princípios e união entre os
espíritas. Muitas das situações ali diagnosticadas são ainda hoje tenazes na seara
espírita Cearense.
Não se está aqui à caça de culpados.
Todos, somos responsáveis. Portanto, cabe a todos inciativas para se alterar
esse estado de coisas que a cada dia se aprofunda mais.
O dirigente espírita não pode ficar
refém dos Espíritos. É necessário que o Órgão Federativo Estadual avance em
processos dialógicos, chamando para em torno de si os dirigentes espíritas, discutindo
caminhos, alternativas e se perseguir um futuro menos sombrio daquele que se mostra
no momento.
O Espiritismo é uma Doutrina
coletiva. E os seus resultados coletivos
e gerais serão fruto do seu desenvolvimento como um todo, assim afirma
Allan Kardec.
Há a necessidade de se criar uma agenda
com metas discutidas e amadurecidas juntamente com os dirigentes, trabalhadores
e juventude espírita principalmente, pois nela se depositam as aspirações para
o futuro da Doutrina em solo Alencarino. Nessa agenda devem ser avaliadas
algumas das macrotendências da nova ordem social, como por exemplo:
- religião e espiritualidade;
- as novas ortodoxias e a politização das religiões;
- a individualização da religião dentro de um cenário religioso multiforme;
Além de:
- os novos rumos para o Centro Espírita;
- o dirigente espírita e
- a administração espírita, frente a essas macrotendências.
O movimento de um ideal como o
Espiritismo, que deve operar reformas morais no tecido social do Planeta, não
deve se deixar ao sabor dos acontecimentos. É preciso atitude. O que nos faltam
são atitudes e iniciativas.
Estamos nos fechando em nossos “mundinhos” do passe, da água
fluidificada, das reuniões mediúnicas e achando que somente isso é suficiente
para dar conta das mazelas físicas e morais que afligem o Homem. Essas atividades,
por si sós, deformam a função e o significado do Centro Espírita, como escola
do Espírito.
Jesus operou com macrotendências
quando disse: “Tenho muito a vos dizer,
mas vós não podeis suportar agora.” Mas, quando vier o Espírito da Verdade, ele
vos guiará em toda a verdade.”
Allan Kardec compreende o sentido
das macrotendências, quando ao comentar em A
Gênese, “Sobre o Caráter da Revelação Espírita”, assim pontua: “Achando madura a Humanidade para penetrar o
mistério do seu destino e contemplar, a sangue-frio, novas maravilhas, permitiu
Deus fosse erguido o véu que ocultava o mundo invisível ao mundo visível.”
Portanto, nada está ao sabor do acaso. Tudo segue um planejamento Divino. O
Espiritismo é fundamentado em Leis Divinas, portanto, está sujeito a esse
planejamento. A Divindade trabalha com metas.
Consciente dessa realidade, o projeto
que o grupo ÉTICA, TRANSPARÊNCIA E
FIDELIDADE ESPÍRITAS elaborou para promover mudanças sensíveis na estrutura
do movimento espírita Cearense, contempla
essa necessidade, tanto que definiu no 1º
Pilar – Mudanças Conceituais, a seguinte diretriz:
- DEFINIR COM AS CASAS ESPÍRITAS AS AÇÕES NECESSÁRIAS À IMPLEMENTAÇÃO DOS OBJETIVOS FEDERATIVOS PROPOSTOS
Como bem advertiu Jesus, na “Parábola do Mordomo Infiel”: “Dá
contas da tua administração, porque já não poderás ser meu administrador.”
Parabenizo ao amigo e irmão Jorge, pela iniciativa deste site, que disponibiliza ao movimento espírita cearense um espaço para pensar o nosso movimento de uma forma democrática, debatendo idéias e buscando caminhos para divulgação e disseminar a doutrina em nosso estado.
ResponderExcluirParabenizo ao amigo e irmão Jorge, pela iniciativa deste site, que disponibiliza ao movimento espírita cearense um espaço para pensar o nosso movimento de uma forma democrática, debatendo idéias e buscando caminhos para divulgação e disseminar a doutrina em nosso estado. Abraço, Fernando Bezerra.
ResponderExcluirSempre leio, mas só agora pude registrar. Sou suspeito para dizer, por ser muito amigo do autor: Gostei! O momento pelo qual passa o planeta é dificílimo. O progresso alcançado é daquelas atenuantes referidas por Jesus, quando afirmou "por causa dos escolhidos aqueles dias serão abreviados". Mas como toda ameaça traz uma oportunidade, nós, espíritas, poderíamos fazer muito mais, coletivamente, se compreendêssemos melhor a Doutrina e nosso papel perante ela. Mas tudo bem... sigamos mesmo assim! "Para frente e para o alto!". Everaldo C. Mapurunga - Viçosa do Ceará.
ResponderExcluirA unificação é o bem mais almejado dos próprios centros espíritas, porém, quando a rotina se apresenta e faz morada nos nossos corações fazer parte das atividades espíritas passa a ser apenas mais uma atividade somente. Porém, é bem mais que isso, senão uma escola de aperfeiçoamento. Todos nós estamos matriculados. Excelente post. Have a nice day to all!!! =)
ResponderExcluirParabéns Jorge! Muito bom! Reflexões importantes sobre o nosso movimento...
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