“Os adversários do Espiritismo consumiram mil vezes mais forças para o abater, sem o conseguir, do que seus partidários para o propagar.” (Allan Kardec)
Por Jorge Luiz
Um
confrade e amigo questionou-me de haver utilizado autores academistas para
elaborar os arrazoados sobre a Ecologia Espiritista.
Confesso,
pois, que foi intencional e não por falta de argumentos espíritas e kardecianos,
além do que, o Espiritismo é o único conjunto de pensamentos cuja complexidade
toca toda a área do conhecimento humano. Assim Allan Kardec se reporta em "O Que é o Espiritismo:" “O Espiritismo toca
em todos os ramos da filosofia, da metafísica, da psicologia e da moral.”
Portanto,
como a ecologia na sua multidisciplinariedade é algo recente, busquei
utilizar-me desse cenário para justificar a necessidade de se desenvolver um
pensamento ecológico-espírita nos encaminhamentos das ações dentro do universo
espírita em que vivemos, com tantos atalhos e desvios doutrinários. Ademais,
desejei delimitar muito bem essas duas linhas de raciocínios.
Allan
Kardec como não poderia deixar de ser, foi o pioneiro da Ecologia Espiritista quando institui os neologismos: Espiritismo, Espíritas, Espiritistas,
Mediunidade, Médiuns etc, para contextualizar a Doutrina e os seus
seguidores: “Para coisas novas
necessitamos de palavras novas, pois assim o exige a clareza de linguagem, para
evitarmos a confusão inerente aos múltiplos sentidos dos próprios vocabulários.”
Idêntica atitude fez ele com relação à questão religiosa, ao declarar "que o Espiritismo não é uma religião, em razão de não haver senão uma palavra para exprimir duas ideias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto..." (grifos nossos). Isso é um pensamento puramente ecológico.
Idêntica atitude fez ele com relação à questão religiosa, ao declarar "que o Espiritismo não é uma religião, em razão de não haver senão uma palavra para exprimir duas ideias diferentes, e que, na opinião geral, a palavra religião é inseparável da de culto..." (grifos nossos). Isso é um pensamento puramente ecológico.
Kardec, assim,
utilizando-se de construção terminológica, um recurso técnico e pedagógico,
delimita e demarca o que seria ou não a sua teoria.