Por Jorge Luiz (*)
Por
ocasião do centenário de “O Livro dos Espíritos” – 18 de abril de 1957 -, o
filósofo, jornalista e escritor espírita, José Herculano Pires, escreveu texto
que depois iria figurar como introdução na edição da referida obra, por ele
traduzida.
Chamado
pelo Espírito Emmanuel como o “metro que
melhor mediu Kardec”, o professor elabora uma análise minuciosa da obra em
todas as suas dimensões.
Ao
tratar dos “Estudos Futuros”, na conclusão do artigo, não escapa de sua crítica
a forma despretensiosa que comumente a obra tem sido estudada, quando poucos se
atêm às múltiplas implicações e em sua mais profunda significação.
As
suas expectativas para o segundo século do Espiritismo, que ora se iniciava, repousavam
de que os seus adeptos exercessem uma atitude mais consciente em face da obra,
e que o seu verdadeiro papel na história do conhecimento revelasse mais
consistente.
No
seu último parágrafo, faz menção a dois nomes ilustres: primeiro Sir Oliver
Lodge, o grande físico inglês, que considerou o Espiritismo “uma nova revolução copérnica” em sua
obra “A Imortalidade Pessoal”; logo a seguir, cita o conhecidíssimo “Apóstolo
do Espiritismo”, Léon Denis, que em sua obra “O Gênio Céltico e o Mundo
Invisível”, profetiza que o Espiritismo reunirá e fundirá, numa síntese
grandiosa, todas as formas do pensamento e da ciência.
Cinquenta
e seis anos passados constato o movimento espírita mais difuso em torno dessa
grandiosa obra, sedimentado em um sincretismo sem fronteiras, fomentado por um
personalismo que beira ao fanatismo, ferindo frontalmente os princípios
elencados na obra em júbilo.
Alguns
espíritas medíocres sugerem a sua atualização, patenteada por uma ignorância
severa dos verdadeiros significados e reais objetivos da Doutrina dos
Espíritos. Outros argumentam somente válidos o seu viés científico; outros o
aspecto eminentemente religioso; alguns mesclam as práticas com crendices, e
vagarosamente, no Brasil, parcela expressiva de seus próprios adeptos comprova
que o Espiritismo ainda é o “Grande Desconhecido” em suas próprias fileiras,
como atestou Herculano Pires em sua obra “Curso Dinâmico de Espiritismo”
No
entanto, lançando leigo olhar no campo do conhecimento contemporâneo, percebo
que todos os pensares científicos, filosóficos e religiosos caminham velozmente
em direção aos postulados espiritistas, como bem anteviu Léon Denis.
Portanto,
hoje, na comemoração dos 156 anos de “O
Livro dos Espíritos”, rendemos esta singela homenagem, certo de que o
Espiritismo cumprirá o processo de emancipação espiritual da Humanidade, não só
pela sua própria natureza, o que é óbvio, mas esperançoso que também pelo nível
de compreensão de todos que o abraçaram como ideal de Vida.
(*) livre pensador e voluntário do Instituto de Cultura Espírita.
Leitura recomendada, uma verdadedeira enciclopédia de informações para nossas vidas! Leia e estude!!!
ResponderExcluirSó temos agradecer por esses ensimantos maravilhosos que
ResponderExcluirKardec deixou pra nós, não tenho nem palavra!