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Por Gilberto Veras (*)
Toda obra material é iniciada e sustentada
pela fundação, exemplifico com a construção civil, as simples, de pequeno
porte, requer base em tijolos ou pedras agregadas por argamassa de liga forte,
em traço adequado de cimento, areia e água, alicerce de edificações de vulto,
edifícios, pontes, viadutos e outras, solicita materiais mais resistentes,
ferro, brita e cimento, em variadas misturas que constituem o concreto armado,
em tempos modernos maior resistência adquiriu com o acréscimo de componentes de
elevados graus de solidez. Cada dia nos encantamos com obras da engenharia que
viabilizam desafios nunca antes pensado, verdadeiros sonhos que se realizam por
portas alargadas para materializar projetos incríveis em todas as áreas,
espelhos do progresso intelectual e científico da humanidade, no entanto,
nenhum deles dispensa a fundação inicial e sustentadora, sem ela nada seria
feito e o homem permaneceria ignorante e embrutecido, com imenso espaço
desconhecido e sofrendo as intempéries do tempo em seus dissabores
desconfortáveis.
Não é diferente com as obras
morais-espirituais, não há do que duvidar, também dependem de sustentação para
desenvolverem avanços em caminhada vertical que culmina, em mundos celestes, no
estado de plena luz e sabedoria, aproximado do Criador, como assim foi por Ele
determinado em projeto de Infinito Amor e Inteligência Suprema. A fundação
dessas realizações são os sentimentos que no solo nobre da alma, em função de
características próprias do plano arquitetado, solidarizam-se em estreita
cumplicidade conseguida por ação do poderoso aglomerante amor, e com o
propósito de ativarem forças e condutas harmonizadas com leis superiores, assim
são alimentados relacionamentos saudáveis e edificantes com o próximo e com o
Senhor da Vida, e que combatem investidas maléficas. Nenhum conhecimento
intelectual, por mais profundo que seja, será aproveitado pelo Espírito a
caminho, se destituído de sustentação sentimental, poderá propiciar a sensação
agradável da admiração bajuladora ou o endeusamento despropositado que aproxima
o homem dele próprio e o distancia do outro, e nada mais do que isso.
Não devemos relaxar, no nosso agora, a
conjugação do verbo sentir para que não venhamos marcar passo, em tempo
inaproveitado no processo de aprimoramento da alma, divinamente destinada à
Felicidade.
Saber é preciso e favorece o progresso de
todo empreendimento, material ou moral-espiritual, mas sentir é imprescindível,
porque fundamental.
(*) poeta e escritor espírita, autor das obras: " A Recompensa do Bem", "Vinte Contos Conclusivos", "Extrato do Ser".
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Senti... mente
ResponderExcluirSentimental...
Sentir... Arma poderosa no relacionamento com as pessoas! Parabéns!!!