Por Francisco Castro (*)
Nos últimos dias do segundo milênio, segundo
nos conta o espírito Ermance Dufaux¹ no Livro Reforma Íntima Sem Martírio,
psicografia do médium Wanderley Soares de Oliveira, alguns espíritos de escol,
dentre eles, Eurípedes Barsanulfo e Bezerra de Menezes, reuniram em um Conclave
mais de mil formadores de opinião no movimento espírita: “Radialistas,
unificadores, médiuns, escritores, oradores, dirigentes, apresentadores,
jornalistas, expositores, diretores, estudiosos e muitos presidentes de centro
espírita”, todos ainda encarnados.
Esses companheiros foram levados durante o
sono para participar desse evento, realizado no Hospital Esperança, de que nos
fala o espírito Manoel Philomeno de Miranda, cujo principal objetivo era “uma
breve e oportuna advertência”.
Segundo nosso entendimento do relatado
naquela obra, a espiritualidade, empenhada em nos orientar para um correto
aproveitamento da oportunidade encarnatória, visava alertar aos que
participavam daquela seleta assembléia de espíritos que ainda se encontravam na
veste carnal, não só dos compromissos assumidos antes da investidura no corpo,
mas, principalmente, sobre os compromissos assumidos nessa atual existência,
pelo conhecimento já demonstrado da Doutrina codificada por Allan Kardec.
Nossa intenção ao repercutir aquele conclave
é, de alguma forma, fazer aflorar algum tipo de lembrança naqueles que integram
o nosso movimento espírita e que, provavelmente, lá se encontravam.
Considerando a participação dos cearenses na
população espírita da época, segundo cálculos otimistas, naquele conclave
deveria ter aproximadamente 15 integrantes do Movimento Espírita do Ceará.
Já revirei minha memória remota e não
encontrei qualquer vestígio de lembranças de que eu lá pudesse me encontrar,
mas... e você leitor? Não estaria entre os presentes? Não seria o caso de ler,
ou de reler com mais atenção aquele capítulo do livro, com o fim de acordar
suas lembranças?
Mesmo concluindo pela minha ausência, após a
leitura do capítulo que fala daquele importante conclave, tomei para mim o
propósito de colaborar, ainda que modestamente, com a divulgação daquelas
ideias.
Daí me
encontrar utilizando esse espaço, não só para chamar atenção para o texto
daquele capítulo do livro Reforma Íntima Sem Martírio, mas, também, lembrar o
que diz Allan Kardec no item 350 de O Livro dos Médiuns: “Que importa crer na
existência dos espíritos, se essa crença não faz aquele que a tem se torne
melhor, mais benigno e indulgente para com os seus semelhantes, mais humilde e
paciente na adversidade? De que serve ao avarento ser espírita, se continua
avarento; ao orgulhoso, se se conserva cheio de si; ao invejoso, se permanece
dominado pela inveja?”
O objetivo da Doutrina revelada pelos
Espíritos Superiores a Allan Kardec é o aperfeiçoamento do indivíduo, é
conduzir os homens a se tornarem bons e, assim, dar início a uma nova era na
história da humanidade.
Fala-se muito em alteridade, quando a
mensagem do Espírito Verdade em O Evangelho segundo O Espiritismo é mais
simples: “Espíritas! Amai-vos, este o primeiro ensinamento”.
Ressaltando que o Espírito Verdade, apenas,
nos faz recordar o que dissera Jesus: “Os meus discípulos serão conhecidos por
muito se amarem”.
Em nossas andanças pelas casas espíritas
lembramos sempre de indagar, de forma a que possamos lembrar a nós mesmos o que
dizemos: Será que nossa família já percebeu alguma melhora em nosso
comportamento pelo fato de termos abraçado a Doutrina Espírita?
Os nossos colegas na atividade profissional,
nossos amigos e companheiros de trabalho na Casa Espírita, já sentiram alguma
mudança para melhor em nossas atitudes?
Será que já somos capazes de demonstrar uma
conduta espírita e uma vivência evangélica, ou nos preocupamos muito em
receitar o remédio sem nos lembrar de que também precisamos dele?
Pensemos
nisso!
(*) integrante da equipe do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda.
¹ Ermance Dufaux, quando encarnada, foi uma
médium que deu expressiva colaboração a Kardec na Codificação Espírita.
Com certeza Jorge eu não estive lá, mas li o livro e é bastante oportuno essa postagem para relembrar para a família Espírita do compromisso que devemos ter com a Indulgência para com os nossos irmãos do caminho...Muita PAZ!!!!
ResponderExcluirEu também não estava lá! Com certeza! Muito oportuno a releitura do referido livro!
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