terça-feira, 2 de julho de 2013

PAUTA POLÍTICA





 Por Paulo Eduardo (*)


Na feitura de um jornal há sempre uma pauta. Trabalha-se num cronograma de ideias. Detalha-se a ocorrência merecedora das atenções gerais. Hoje, nesta crônica, um roteiro de analogia entre religião e política.
Nenhuma vontade de ser político na fiel acepção do termo. Apenas contribuir, filosoficamente, para afirmar a inteligência do que se contém na obra básica de Kardec, por exemplo, quando analisa 405 questões abordando as “Leis de Adoração, Trabalho, Reprodução, Conservação, Destruição, Sociedade, Progresso, Igualdade, Liberdade e Justiça, Amor e Caridade.”
Questões objetivas. Envolvem o homem no seu relacionamento com “o Criador da vida, com o planeta em que vive, com seus semelhantes, com as sociedades de que participa”. Em síntese, sob o aspecto filosófico que o Espiritismo nos apresenta como normas políticas. Regras de moral. Princípios éticos que alcança a todos.

É claro que se não deve confundir essa visão espírita com a política partidária usada pelos homens para exercitar as práticas nas agremiações e ideologias. Tudo deve ser trabalhado sem preconceitos. A ilação é para dizer do lado moral dessa ciência capaz de cuidar do social. A Ciência Política.
No universo religioso criou-se o ecumenismo que em regra dicionária significa “a união de todos os que seguem a Cristo deste ou daquele modo”. Na prática a desunião prevalece. Por uma política de estratégia muitas reuniões ecumênicas não seguem o rito da universalidade desejada.
Na pauta política estabelecida para as ideias em curso, fomos buscar o quadro atual da política nacional ao verificar o quanto estamos distantes dos conceitos de moralidade.
É dever de todos usar a consciência, a lucidez, na compreensão de normas e princípios que regem a nossa participação na sociedade. Ter uma visão política que possa, necessariamente, exercitar a Justiça, o Amor e a Caridade.
Por entender a grandeza do termo político é que estudamos, à luz da Doutrina Espírita, os aspectos da vida em sociedade. Sabe-se que “o homem, por natureza, é um ser social” e nessa vertente ele deve vir associado aos seus semelhantes, para criar os bens indispensáveis ao seu desenvolvimento e nunca dilapidá-los em razão de ambições desmedidas.
Uma pauta política para “reflexões ecumênicas”. Tentativa de unificar ideias para realmente aproximar os homens entre si e tentar reverter o quadro de desarticulação que aí está minando as estruturas da sociedade chamada de doente, quando doente é o ser humano da afirmação de Aristóteles de que “O Homem é um animal político” e, acrescentamos, que não seja irracional.
A nossa pauta política é a da lógica, da razão e do bom senso. A única coisa que se investe é a honra nossa fortuna interior de nascença. Dignidade, brio, probidade, honestidade são bens nosso de raiz e a sua inversão é crime.

(*) jornalista e integrante da equipe do programa Antena Espírita.

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