Por Roberto Caldas(*)
O mundo ainda não tem ideia exata da
importância do nascimento ocorrido em 03/10/1804. A ocorrência se deu na cidade
de Lyon, na França. Naquele dia o casal Jean Baptiste Antoine Rivail e Jeanne Louise Duhamel recebia
pela maternidade uma criança do sexo masculino a quem registraram com o nome de
Hippolyte Léon Denizard Rivail. Assim que ficou conhecido até o
quinto decênio de sua existência, tempo durante o qual de forma
reconhecidamente pública e notória influencia os rumos do ensino e educação
francesa, discípulo de um dos mais eméritos pedagogos europeus Pestalozzi, até
hoje considerado um dos mais influentes homens da educação contemporânea.
Agraciado com títulos e prêmios pela sua atividade pedagógica, o professor
Rivail se tornaria um entusiasta estudioso do magnetismo e o magnetismo o
atrairia para os fenômenos de mesas girantes e tais fenômenos o transformaram
naquele que é reconhecido como o Codificador do Espiritismo, Allan Kardec.
Maior
referência do Espiritismo no mundo, em todos os tempos, Allan Kardec refez o
caminho de Hippolyte-Léon Denizard Rivail, antes considerado grande educador da
educação formal, projetando-se como a maior expressão de educação do Espírito
em busca de sua identidade mais profunda com a vida e com Deus. Pela sua
grandiosidade de espírito rechaçou honrarias humanas e atribuiu aos Espíritos
Superiores os louros de tão meritória obra, quando ressalta nos Prolegômenos de
O Livro dos Espíritos, marco do nascimento da Doutrina Espírita em 18/04/1857:
“Este livro contém os seus ensinamentos, foi escrito por ordem e sob o ditado
dos Espíritos Superiores para estabelecer os fundamentos de uma filosofia
racional, isenta dos preconceitos sistemáticos; não contém nada que não seja a
expressão do pensamento deles e que não tenha sido submetido ao seu controle”.
Daí o título de Codificador e não “Pai do Espiritismo”.
Por
enquanto apenas aos espíritas importam tão expressiva data, mas o tempo, senhor
de todas as respostas haverá de fazer justiça ao nascimento e biografia daquele
que teve a coragem de renunciar aos louros pessoais de uma carreira acadêmica
já reconhecida e laureada pelas Academias para se esconder num pseudônimo que
se dispunha a receber toda a sorte de ataques e perjúrios orquestrados pelos
segmentos religiosos e científicos de sua época. Homem de têmpora que consentiu
em parar uma trajetória pessoal para tornar o mundo melhor como resultado da
nova doutrina que trazia ao conhecimento da humanidade, sob a humilde roupagem
de simples coadjuvante, da revolucionária mensagem de Jesus acrescida das
revelações dos Espíritos Superiores capitaneados pelo Espírito da Verdade.
O
nascimento e a vida de Allan Kardec, registrado como Hippolyte-Léon Denizard-Rivail,
haverá de um dia ser lembrado por toda a humanidade como uma das maiores
manifestações de amor de Jesus pelos espíritos encarnados na Terra, pois a
missão para a qual foi designado e cumpriu haverá de ajudar a sociedade humana
no restabelecimento da paz e do equilíbrio em todos os rincões planetários.
Poucos homens em toda a história da humanidade tiveram papel tão importante na
mudança dos rumos do planeta quanto aquele que podemos atribuir ao missionário
da Terceira Revelação, Allan Kardec.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 06/10/2013.
(*) integrante da equipe do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda.
Bela homenagem ao Codificador. Pelo visto poucos se lembraram dessa data, 03 de outubro de 1804 - 2013 = 209 anos! Francisco Castro
ResponderExcluirAllan Kardec não só é esquecido pelo homens do mundo, mas também no seio do movimento espírita. Kardec continua sendo o "Solitário da Rua dos Mártires", como afirmou o prof. Herculano Pires.
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