Por Gilberto Veras (*)
A
fome à mostra na rua sendo ocultada pela miopia da alma,
o
frio da madrugada implacável com o desabrigo do sem teto,
o
prazer sádico a divertir-se do desafortunado,
a
insensibilidade sorrindo do infortúnio no outro,
a
intelectualidade menosprezando a ignorância dos ignorados,
a
boa fé massacrada pela esperteza do egoísmo,
o
saber sem ouvidos para o desinformado,
favores
interesseiros e outras hipocrisias.
Acontecimentos
tais apertam-me o coração,
com
eles sofro,
Elevo
o pensamento a esferas superiores
e
de lá visualizo a imagem do Mártir no madeiro infame,
quanta
dor, quanta decepção
visitaram-lhe
naquele trágico momento
e
receberam Dele amor profundo,
incondicional,
expresso
pela intervenção ao Todo-Poderoso,
“Perdoa-os,
Pai, eles não sabem o que fazem”.
Quando
poderemos perdoar nessa dimensão divina?...
Mais
um mistério entre o Céu e a Terra.
(*) poeta e escritor espírita, autor das obras: A \Recompensa do Bem, Vinte Contos Conclusivos, Extrato do Ser, dentre outros.
Caro amigo Gilberto!
ResponderExcluirMuito oportuno para as reflexões do Natal.
Parabéns!