quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

ALEGRIAS DO CARNAVAL




     A Doutrina Espírita, por favorecer o entendimento das condições e finalidades da vida, bem como dos motivos por que sofremos, ao mesmo tempo em que nos amplia as possibilidades de felicidade, redimensionando-nos o pensar no porvir em horizontes dilatados e hiperbólicos, longe de formar adeptos taciturnos e tristonhos, os faz pessoas otimistas com a existência terrena e com a Humanidade, esperançosas de um futuro harmonioso e, por isso mesmo, alegres, como aliás deveriam ser todos os cristãos que bem compreendem a mensagem de Jesus.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

HOMEM IMPERFEITO, SOCIEDADE FERIDA¹




Por Roberto Caldas (*)


     

O momento da sociedade humana é conturbado. Enquanto o Oriente explode com as pelejas e ódios seculares pela ocupação de terras, a Europa expõe as feridas de longos anos de despotismo, a América do Norte estertora na agonia dos conquistadores falidos e o Sul titubeia vitimado pela colonização escravocrata que retira a legitimidade do seu povo. Como consequência, vemos o homem matando o seu semelhante cobrindo o seu ato com bandeiras das mais diversas cores e tons, numa tentativa de esconder o principal motivo de tanta luta sangrenta. Definitivamente estamos longe da aquisição da libertação pelo entendimento e pelo amor.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

BOM SENSO



Por Paulo Eduardo (*)




Juntar palavras. Tornar forte a expressão. Usar a técnica sugestiva do bem. Bom senso. Ter cuidado para agir com inteligência. Dosar de sensatez nosso modo de falar. Evitar o mau humor corrosivo das nossas ideias. Respirar fundo para não ser grosseiro. Trazer a

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

HIATO: A QUESTÃO SOCIAL E O ESPIRITISMO








Produzido pela Gume Filmes, (2008), o documentário “Hiato”, dirigido por Vladimir Seixas, exibe a ocupação pacífica, em agosto de 2000, de um grande shopping na zona sul do Rio de Janeiro por um grupo de manifestantes, crianças, adultos, idosos, favelados e sem teto. Transportados em dois ônibus, os manifestantes queriam apenas conhecer o shopping, entretanto, sofreram repressão policial e foram hostilizados por clientes e lojistas. Os depoimentos de alguns dos participantes soam deprimentes.
Está-se diante de um acontecimento extremamente delicado e em suas minudências rico de significados.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A VIDA EM OUTROS MUNDOS COMO PRINCÍPIO ESPÍRITA



Por Sérgio Aleixo (*)



Ressaltam a seu favor, os que reclamam atualizações doutrinárias, a dita de Kardec que afirma que, se uma verdade nova se revela, o espiritismo a aceita; todavia, omitem a condição estabelecida pelo mestre para que tal ocorra. De ordem física ou metafísica, novos informes que venham a integrar-lhe o cômputo de ensinos, necessariamente, já se devem encontrar no “estado de verdades práticas e saídas do domínio da utopia, sem o que o espiritismo se suicidaria”.[1] E essa praticidade consiste em quê? Análises rigorosamente filosóficas respaldadas, quanto possível, em pesquisas demonstradamente científicas. Tal é o espírito da doutrina. Leia-se mais atentamente a nota ao n. 188 de O Livro dos Espíritos:

“De todos os globos que constituem o nosso sistema planetário, segundo os espíritos, a Terra é daqueles cujos habitantes são menos adiantados, física e moralmente; Marte lhe seria ainda inferior, e Júpiter, muito superior, em todos os sentidos”.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O CAMINHO DO BEM¹




Por Roberto Caldas (*)

          O que pode ser considerado mais importante na vida? Essa pergunta haverá de suscitar suspiros e reflexões das formas mais diversas e a resposta para a mesma terá tantas variações quanto seja o número daquelas contabilizadas. Ressalte-se que é permitido pelas diferenças que nos caracterizam que tenhamos aspirações e planos específicos às necessidades que julgamos querer atender a cada momento.
            Questões desse porte despertam nos arquivos da memória uma série de cogitações que foram se modificando à medida que o tempo passava em nossas existências. A trajetória nem sempre atende aos sonhos e desejos que acalentamos nos tempos coloridos da adolescência. Ao adulto cabe a resolução de problemas e tomada de decisões que conduzem a rotina aos caminhos dispostos pela realidade, enquanto as paisagens vão se acomodando ao que é possível alcançar. Ao mesmo tempo a cultura espiritual de cada pessoa, não necessariamente relacionada com opções religiosas, é que estabelece a qualidade do estilo de vida a que se aspira.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

DIFERENÇA ENTRE EDUCAÇÃO E AUTOAJUDA




“Como para toda a humanidade, o mundo é uma escola, desde o começo até o final dos tempos, assim para cada ser humano individualmente a vida inteira é uma escola, desde o berço até o túmulo. Não é suficiente dizer com Sêneca: para aprender nunca é tarde, devemos muito mais dizer: cada idade está destinada ao aprendizado, e nenhum outro sentido tem a vida humana e todo o seu esforço. Sim, nem mesmo a morte coloca um limite à vida e ao mundo. Qualquer um que nasceu como ser humano, deverá passar por tudo em direção à eternidade, como para uma academia celeste. Tudo o que se passa antes é assim apenas um caminho, uma preparação, uma oficina – uma escola inferior.” Jan Amos Comenius (1592-1670)

Por Dora Incontri (*)


Uma querida amiga Carmen Correa, de Caxias do Sul, me pediu que escrevesse algo sobre a diferença entre Educação e autoajuda. Tenho algo a dizer sobre isso, mas espero que aqueles que escrevem autoajuda, incluindo amigos meus, não se sintam ofendidos com o que vou falar. Não é nada pessoal, mas não posso deixar de manifestar o que penso a respeito.

Começo por dizer que a Educação é tão antiga quanto a humanidade. A autoajuda nasceu no mundo contemporâneo, no sistema capitalista.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

ESPIRITUALIZAR A EDUCAÇÃO¹



Por Roberto Caldas (*)



O mundo animal utiliza o instinto da conservação e o senso da perpetuidade da espécie quando defrontado com as questões que se fazem exceção em sua rotina. Os mamíferos inferiores sufocam as suas crias que surgem dotadas de menores capacidades de adaptação, as galinhas não interferem na agonia do pintinho menos hábil que acaba perdendo a luta sem conseguir sair do ovo, as águias eliminam pelo treino de vôo os filhotes inaptos para a caça e assim cada espécie tem a sua maneira de tratar os problemas que aparecem em suas gerações. Enquanto isso a evolução à consciência humana obriga a criação de laboratórios e meios de pesquisa, tão logo algo escape da normalidade considerada. Todos os nossos institutos que diminuem a limitação e a dor dos pais atingidos por problemas adaptativos dos filhos recém-nascidos surgiram em sua maioria pela bravura paterna/materna tomada de compaixão e afeto diante do concepto diferente que receberam numa sala de parto.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

PORQUE ADOECEMOS



Este é também o título de dois livros da Associação Médico-Espírita de Minas Gerais (AMEMG), editados pela Editora Espírita Cristã Fonte Viva, nos quais os diversos autores e trabalhadores dessa instituição buscaram apresentar um modelo do adoecimento, através de temas básicos do Espiritismo conjugados aos conhecimentos da chamada ciência oficial.

As ideias ali apresentadas, embora descritas por profissionais da área da saúde, tem uma base mais filosófica, sendo um modelo bastante interessante, que foi trazido mediunicamente por entidades espirituais vinculados àquela Associação. Mesmo que essas informações estejam limitadas a um grupo de espíritos em sua propagação, permito-me a comentar este modelo, para apreciação dos caros leitores.

Para explicar este caminho, aqueles orientadores espirituais partiram do relato presente no primeiro livro da Bíblia, Gêneses, em seu segundo capítulo que conta o mito do “Paraíso Perdido”. Para os que não têm o hábito da leitura do Antigo Testamento, faço um sumário do texto, convidando os interessados para buscarem o relato em sua totalidade.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

A TERRA ALCANÇARÁ O TEMPO DA FRATERNIDADE ¹






Por Roberto Caldas (*)


Aristóteles (384 a 322 a.C), discípulo de Platão, afirma que o homem é um animal social. Nessa expressão “animal social” crava a dualidade da existência humana indicando que se trata de um ser gregário, aquele que é levado pela natureza a estar próximo de outros da mesma espécie, ao mesmo tempo em que se constitui em um ser livre, aquele que tem a capacidade de escolher com quem se agrupa. Essa peculiaridade torna a humanidade, palavra que define o coletivo da espécie humana, uma sociedade que difere das bem projetadas e quase perfeitas sociedades animais, como são as colméias e os formigueiros, nas quais o indivíduo não tem a opção senão de estar lá, numa disposição imutável.

            Nas sociedades animais está presente o senso de tropismo e de sobrevivência, enquanto na humana, além desses, impera as qualidades vinculadas à emoção e aos sentimentos, o que torna complexas as relações e instáveis também. O ser humano pode e muda de idéia e de postura, esse o contraditório das relações. Podemos ser diferentes a cada momento dependendo das dores e gratificações que as circunstâncias dispõem a nossa frente.

domingo, 9 de fevereiro de 2014

DEUS



Por Paulo Eduardo (*)



Recordações de infância. Lembrar Deus na forma como espontaneamente O temos em nossa mente. Na verdade Deus está presente, sempre, no mais recôndito das nossas ideias. São mensagens de luz clareando destinos. Somos realmente filhos de Deus. Temos conceitos e preconceitos agora aplainados através do conhecimento da espiritualidade. Deus é o infinito.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

NOVOS COLABORADORES

O blog Canteiro de Ideias adota a política de somente publicar artigos com anuência de seus autores. Acabamos de obter os consentimentos de mais dois colaboradores. Conheça-os!

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

IDE E PREGAI!

“Hoje, não são mais as entranhas
do planeta que se agitam: são as da
Humanidade”
(Allan Kardec – Obras Póstumas)




            Por Jorge Luiz (*)



            Em 1965, a música “Arrastão”, interpretada por Elis Regina foi a grande vencedora do I Festival da Música Popular Brasileira.
            O arrastão é um tipo de pescaria que se opera com redes de arrasto – redes em forma de saco -, através de barco de pesca, que são puxadas a uma velocidade que permite que os pescados fiquem presos nele, sendo muito comum no litoral brasileiro.
            Na década de 1980, o arrastão passou a ser uma prática de crime coletivo, surgida primeiramente na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, para depois se disseminar por outros locais do Brasil. O termo vulgarizou-se na linguagem criminal e passou a significar qualquer tipo de roubo em série. O arrastão migrou das praias para os condomínios de luxo, restaurantes, trânsito. Da poesia para o crime. Duas realidades. Duas gerações. Duas formas de interpretar o mundo.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

CONSEQUÊNCIAS PSICOLÓGICAS PÓS-ABORTO





“Admitimos seja suficiente breve meditação, em torno do aborto delituoso, para reconhecermos nele um dos fornecedores das moléstias de etiologia obscura e das obsessões catalogáveis na patologia da mente, ocupando vastos departamentos de hospitais e prisões[C1] ”...
- Emmanuel -




Por Flavio Braun (*)






É ingênuo pensar que o aborto livra a mulher de um problema. As consequências emocionais de alguém que assume uma vida que foi gerada são completamente diferentes de alguém que escolhe a morte. Carregar por toda a existência o peso de um aborto é completamente diferente de compartilhar o nascimento e desenvolvimento de um filho. Isso serve para o homem também.
Os conflitos psicológicos mais angustiantes oriundos da chamada “gravidez indesejada” dizem respeito, na absoluta maioria das vezes, aos períodos iniciais da gestação, quando se descobre a gravidez fora dos planos. A chamada gravidez “na hora errada” dos dias de hoje fala-nos de uma realidade social na qual muitas mulheres julgam que ter um filho em determinado momento de suas vidas seria um obstáculo aos seus projetos pessoais mais imediatos. Também a frequente pressão do rapaz sobre a companheira para abortar, ou mesmo da família e, ainda o que é pior, o apoio à proposta abortiva sugerida por alguns médicos.

A pergunta que fica é:
- Qual é o momento ideal para se ter um filho nos dias atuais?

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

A COMPREENSÃO É GRADATIVA¹




Por Roberto Caldas (*)



A Doutrina Espírita descortinou um novo tempo nos meados do século XVIII, mas não permaneceu como uma novidade presa a sua época, como tantas ondas que acabaram se transformando em marolas e, portanto retiradas da história, apesar de todos os clamores que levantaram no momento em que aparecem em forma de tsunami. Os espíritas compreendem o porquê desse caráter de fortificação das idéias do Espiritismo à medida que passam os anos. Aceitamos que Jesus prenunciou o advento do Espírito da Verdade enquanto ainda encarnado, ao propor em João (XIV – 15 a 17 e 26) que o Pai enviaria outro consolador para ensinar novas coisas e lembrar outras tantas já esquecidas.

sábado, 1 de fevereiro de 2014

NEM ESPIRITISMO LAICO, NEM NOVA RELIGIÃO






Por Dora Incontri(*)



A posição de Kardec ainda não foi compreendida pela maioria e uma das provas disto está no debate ainda atual se o espiritismo é ou não é religião. Por um lado, estão os que se autodenominam espíritas laicos e que defendem a idéia de que Kardec jamais pensou o espiritismo como religião, mas apenas como ciência, filosofia e moral; do outro, estão os que defendem o chamado tríplice aspecto do espiritismo, ciência, filosofia e religião, mas agem e pensam como se o espiritismo fosse apenas mais uma religião. Estes constituem a maioria do movimento espírita brasileiro.

Analisemos a polêmica com cuidado, porque os dois lados têm suas razões e os dois lados cometem enganos. De fato, Kardec não quis estabelecer mais uma religião, no sentido comum do termo, (por isso, diz muitas vezes que o espiritismo não é religião), visto que o espiritismo não tem sacerdócio, templos, hierarquia institucional, dogmas de fé e nem rituais que o adepto deva seguir para dizer-se espírita. Qualquer pessoa que aceite os postulados espíritas e procure viver segundo a moral de Jesus pode se dizer espírita, mesmo que jamais tenha pisado num centro espírita ou assistido a uma reunião. Trata-se de uma convicção pessoal, de uma adesão livre, de que  ninguém está instituído para pedir satisfações ou exigir o cumprimento disto ou daquilo.