sábado, 1 de março de 2014

CARNAVAL




Por Paulo Eduardo (*)



É festa de carnaval. Momento de brincadeira. Dança contagiante. Corpos sambando na vibração dos batuques. Carnaval como alegria pré-fabricada. Necessária descontração para tentar esquecer a violência que teima em avançar no caminho da insensatez humana.

Carnaval! A folia entre confetes e serpentinas. A inocência das fantasias. Ilusão! Tudo embutido já numa comercialização rítmica. Três dias de folguedos. Gente "brincando de brincar" na seriedade circunspecta da própria vida. Fatores religiosos marcando o compasso dessa turba que canta e pula com falsa descontração. Quem pode espargir alegria em clima de desespero social? Há no mundo espiritual grande preocupação com a festa de carnaval. Todos temem os exageros. Espíritos solidários batalham por intuir nos carnavalescos o senso de responsabilidade inerente ao ser humano. Nada contra o carnaval. Somos adeptos dos festejos dentro do equilíbrio. Nada de exageros capazes de gerar remorsos e dramas conscienciais. A literatura da Doutrina Espírita é farta na forma de alertar contra os perigos que nos cercam nesses folguedos onde o deus Baco predomina. Como se não bastara o álcool há a presença das drogas determinando mudanças comportamentais que preocupam. Grande oportunidade de provar que ser civilizados é "brincar" na espontaneidade vinda do interior de nós mesmos. Desnecessário o uso de drogas. A alegria é própria de quem anseia por ser feliz. Somos seres da criação divina, daí a força que nos torna capazes de raciocinar sempre na trilha do bem. Podemos e devemos sintonizar com a harmonia das velhas canções carnavalescas. O romântico faz bem!

(*) jornalista e integrante da equipe do programa Antena Espírita.

2 comentários: