Por Roberto Caldas (*)
Apesar de mera
coincidência do calendário, e nada mais que uma coincidência, o dia 18 de abril
desse ano reuniu duas passagens comemorativas de muita importância espiritual.
De um lado a simbólica homenagem que lembra os momentos últimos de Jesus,
quando é possível, mesmo que minimamente quando o coelho e os chocolates
deixam, aprofundarmos uma reflexão sobre a lição da vida sobre a morte, não,
pela ressurreição, mas pela transcendência do Espírito em relação ao sepulcro.
De outro lado a certeza de mais um ano, para maior precisão, os 157 anos do
advento de O Livro dos Espíritos, a mais clara e precisa mensagem do mundo
espiritual em direção ao mundo dos encarnados.
Vemos na figura de
Jesus a mais imorredoura mensagem que aportou à Terra e que precisaria ser
relembrada e ampliada como Ele próprio prometera ao tornar obrigatória a vinda
do consolador. O consolador que por muitos anos foi esperado como um retorno
Seu triunfal e a bordo das nuvens, chegou-nos impresso em uma obra de perguntas
e respostas que, cumprindo uma promessa do Mestre da Galiléia, trazia a Sua
assinatura entre tantas outras que apresentaram à humanidade a realidade dos
planos de eternidade e evolução espiritual que Deus dispõe na estrada de todos
os seus filhos.
Vivemos numa trilha
de consequências, na qual esse planeta representa a superfície generosa, cuja
missão principal prevista pelos coordenadores capitaneados por Jesus, é
justamente permitir o tempo das encarnações necessárias para o aprendizado
progressivo da civilização humana em direção à descoberta da divindade interna
que nos faz resplandecer a imagem de Deus.
Certamente o momento
que passamos hoje nos amedronta e pressiona a idéia para que aceitemos a
possibilidade de estarmos numa viagem de horrores em direção à degenerescência
da humanidade, tantas são as muitas guerras que assolam ladeadas pela vitória
por nocaute da desonestidade no confronto que as ruas mostram.
Engana-se, porém quem
supõe que estamos numa nau sem governo espiritual. Os governos humanos caíram
um a um, assim como nos disse Jesus (Marcos – 14:58), “Eu destruirei este
templo construído por mãos humanas e em três dias edificarei outro, não erguido
por mãos de homens”. Quantos homens que se julgavam grandes não passaram pela
história e hoje representam apenas espectros? Esse mundo de relatividades é
passageiro, aquele que “perseverar até o fim, esse será salvo” (Mateus –
24:13), pois “É impossível que não venham escândalos,
mas ai daquele por quem vierem! (Lucas – 17:1).
A mensagem de Jesus
não permite equívocos de interpretação, nada haverá de impedir a escalada do
progresso espiritual destinado ao planeta. O Espiritismo veio para a consecução
dessa obra de evolução, como vemos na Introdução de O Evangelho Segundo o
Espiritismo: “O Espiritismo não tem nacionalidade e não faz parte de nenhum
culto existente; nenhuma classe social o impõe, visto que qualquer pessoa pode
receber instruções de seus parentes e amigos de além-túmulo. Cumpre seja assim,
para que ele possa conduzir todos os homens à fraternidade. Se não se
mantivesse em terreno neutro, alimentaria as dissensões, em vez de
apaziguá-las”. Feliz essa coincidência:
Os últimos dias de Jesus na Terra e o seu ressurgimento em 1857 com O Livro dos
Espíritos – celebrados num mesmo dia de 2014, dia 18 de abril.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 20.04.2014.
(*) editorialista do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda - Fortaleza, Ceará.
Bom texto!! Coincidência ou não da data, temos que dar o devido valor ao sentido da "Páscoa" e propagar mais e mais a doutrina Espírita, esta que é consoladora e baseado nos ensinamentos de Jesus.
ResponderExcluirMuita luz a todos.