Por Roberto Caldas (*)

Notícias
dessa monta costumam nos pegar desprevenidos e não é incomum ouvirmos pessoas
se questionando a respeito da lógica imposta pela morte, por não haver o
entendimento do que está por trás desses acontecimentos. Pergunta-se porque
esse ou não aquele outro haverá sido escolhido ou ainda se a opção fatal não
deveria recair sobre alguém que se comporta equivocadamente poupando a pessoa
que coleciona virtudes e amizades.
Fundamental
esclarecer diante desses aparentes despropósitos da vida, que essa compreensão
revela o desconhecimento que cultivamos a respeito da morte e dos seus
desdobramentos. Enquanto julgarmos que morrer é ruim, viveremos fustigados pelo
medo ansioso da inexorabilidade desse fenômeno que nos rodeia a todo o momento.
No momento em que virmos a morte como um ritual que não isenta a nenhum ser
vivo e, portanto, traduzir-se na Absoluta Justiça Divina em relação à vida na
Terra, é possível termos a percepção clara de que ela é necessariamente boa. Do
contrário Deus seria injusto ao nos impor uma situação deletéria sem dar-nos
qualquer condição de evitá-la.
O
Espiritismo, doutrina que reverencia a vida e a dilata muito além da existência
corporal, desde muito tempo busca o despertar das pessoas para um novo ângulo
de apreciação do fenômeno da morte, demonstrando pela autoridade das vozes que
comprovam a imortalidade através da mediunidade que deixamos o corpo físico,
mas não morremos jamais. Deixar o mundo dos encarnados é apenas uma etapa na
estrada eterna de todos os Espíritos, sem exceção, e que esse momento se
encontra registrada na carta de propósitos que todos assinamos antes de
iniciada a encarnação.
Cultivarmos
de forma respeitosa a memória e a ausência dos que partiram faz parte das
nossas coleções de lembranças que nos enriquecem o patrimônio da amizade, o
qual precisamos cuidar para que se faça cada dia maior, pois o mesmo será de
grande valia quando formos chamados para a despedida, pela certeza de que os
amigos que cultivamos e nos antecederam na viagem haverão de fazer festa
chegada a nossa hora.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 06.04.2014.
(*) editorialista do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda.
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