quinta-feira, 24 de abril de 2014

O PERDÃO DIVINO



Por Gilberto Veras (*)




De que modo Deus nos perdoa as ofensas? Assim como perdoamos nossos ofensores (veja oração dominical do Mestre Galileu).
E como perdoamos nossos ofensores? Ao direcionar a eles energia positiva na forma de virtudes essenciais, a fraternidade que nos iguala aos olhos da Inteligência Suprema, a humildade que nos credencia ante as leis superiores, a tolerância que nos mantém em paz e a compreensão que nos equilibra o emocional, todas elas (entre outras solicitadas de conformidade com tipo de agressão recebida) movidas pela força fecunda do amor. Este procedimento, sintonizado com a vontade do Pai, o Criador Indefinível, ao combater o mal (postura nociva do homem que agride projeto divino com o uso infeliz do livre-arbítrio) fortalece a alma iluminada a serviço do bem, e, assim, vitoriosa na marcha evolutiva, cada vez mais acelera e clarifica a caminhada, tal posicionamento caracteriza o perdão do Pai da Vida com consequência promovedora da alma boa que, mais leve, desloca-se na direção do norte redentor com mais facilidade de movimento harmonizado. Assim, também, ocorre em menor proporção com o irmão ofensor que receberá, no perdão do ofendido, vibrações luminosas que atenuarão sombras projetadas por obras desrespeitosas às determinações provindas de planos elevados.


O sentido do perdão não é mais do que a possibilidade de melhoramento espiritual no exercício do precioso recurso no mundo das relações societárias, recebem graças divinas o ofensor e o ofendido, o primeiro ao angariar do ofendido benevolência evaporadora de força maléfica, e, o outro, do mesmo modo, ao ser agraciado por mensageiros benfeitores, irmãos de luz mais intensa que ativa poderoso potencial energético, sublimes instrumentos de aperfeiçoamento, presentes em toda criação consciente, e potencialidades do Todo-Poderoso, contidas ou guardadas em ambiente nobre de cada um, são libertadas para o bem de todos e felicidade geral da humanidade, em movimento fraterno e amoroso.

(*) poeta e escritor espírita, autor das obras: "A\Recompensa do Bem", "Extrato do Ser", "Vinte Contos Conclusivos".

2 comentários:

  1. Perdoar é uma escolha, como diz do Dr. Gerald Jampolsky, de "ver a luz ao invés do abajur".
    Já Paul Tilich, escreveu que "O perdão é uma resposta, resposta divina implícita na nossa existência".
    Parabéns Gilberto!
    Abração!

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  2. Era do meu conhecimento que o perdão era benéfico mas não sabia do seu poder bilateral. "o irmão ofensor que receberá, no perdão do ofendido, vibrações luminosas que atenuarão sombras projetadas por obras desrespeitosas".
    É dificil mas sempre procuremos a ação e vivência do perdão, esta que por sua vez dignifica o ser e nos aproxima do bem.
    ótimo texto Gilberto! Leitura forte porém de fácil entendimento.
    Abraço p/ todos.

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