Por Gilberto Veras (*)
De que modo Deus nos perdoa as ofensas? Assim
como perdoamos nossos ofensores (veja oração dominical do Mestre Galileu).
E como perdoamos nossos ofensores? Ao
direcionar a eles energia positiva na forma de virtudes essenciais, a
fraternidade que nos iguala aos olhos da Inteligência Suprema, a humildade que
nos credencia ante as leis superiores, a tolerância que nos mantém em paz e a
compreensão que nos equilibra o emocional, todas elas (entre outras solicitadas
de conformidade com tipo de agressão recebida) movidas pela força fecunda do
amor. Este procedimento, sintonizado com a vontade do Pai, o Criador
Indefinível, ao combater o mal (postura nociva do homem que agride projeto
divino com o uso infeliz do livre-arbítrio) fortalece a alma iluminada a
serviço do bem, e, assim, vitoriosa na marcha evolutiva, cada vez mais acelera
e clarifica a caminhada, tal posicionamento caracteriza o perdão do Pai da Vida
com consequência promovedora da alma boa que, mais leve, desloca-se na direção
do norte redentor com mais facilidade de movimento harmonizado. Assim, também,
ocorre em menor proporção com o irmão ofensor que receberá, no perdão do
ofendido, vibrações luminosas que atenuarão sombras projetadas por obras
desrespeitosas às determinações provindas de planos elevados.
O sentido do perdão não é mais do que a
possibilidade de melhoramento espiritual no exercício do precioso recurso no
mundo das relações societárias, recebem graças divinas o ofensor e o ofendido,
o primeiro ao angariar do ofendido benevolência evaporadora de força maléfica,
e, o outro, do mesmo modo, ao ser agraciado por mensageiros benfeitores, irmãos
de luz mais intensa que ativa poderoso potencial energético, sublimes
instrumentos de aperfeiçoamento, presentes em toda criação consciente, e
potencialidades do Todo-Poderoso, contidas ou guardadas em ambiente nobre de
cada um, são libertadas para o bem de todos e felicidade geral da humanidade,
em movimento fraterno e amoroso.
(*) poeta e escritor espírita, autor das obras: "A\Recompensa do Bem", "Extrato do Ser", "Vinte Contos Conclusivos".
Perdoar é uma escolha, como diz do Dr. Gerald Jampolsky, de "ver a luz ao invés do abajur".
ResponderExcluirJá Paul Tilich, escreveu que "O perdão é uma resposta, resposta divina implícita na nossa existência".
Parabéns Gilberto!
Abração!
Era do meu conhecimento que o perdão era benéfico mas não sabia do seu poder bilateral. "o irmão ofensor que receberá, no perdão do ofendido, vibrações luminosas que atenuarão sombras projetadas por obras desrespeitosas".
ResponderExcluirÉ dificil mas sempre procuremos a ação e vivência do perdão, esta que por sua vez dignifica o ser e nos aproxima do bem.
ótimo texto Gilberto! Leitura forte porém de fácil entendimento.
Abraço p/ todos.