“Importa-vos
saber: Aquele que não nascer da água
e
do espírito, não entrará no Reino dos Céus”.
(Jesus de Nazaré in João, 03: 05)
Jesus de Nazaré usa a
metáfora do “Reino dos Céus” para
falar da felicidade futura assegurada por Deus a todas as Suas criaturas. Os
seus coevos e contemporâneos não estavam dotados dos conhecimentos necessários
para a compreensão daquele estado e, por esse motivo, foi necessário
utilizar-se desse recurso didático.
Ainda hoje, a despeito
de todo o progresso intelectual da Humanidade, ainda se tem grande dificuldade
para apreender-lhe o significado, sendo expectado, mais pela fé que pela razão,
como um lugar e/ou um estado indefinido e aguardado para o futuro.
O Mestre dos Mestres,
no entanto, assegura-nos que o “Reino de
Deus” é construído de dentro para fora da criatura humana e não de forma
inversa: “O Reino de Deus está dentro de
vós”.
A Providência Divina,
que revela o amor e a misericórdia de Deus por todos nós (posto que somos todos
seus filhos), patrocina-nos aquela edificação, conferindo-nos os elementos indispensáveis
ao seu desenvolvimento. Em primeiro lugar, dota-nos, já por ocasião do seu ato
criativo, dos potenciais de virtude que nos caracterizam como Espíritos perfectíveis,
“criados à imagem e semelhança de Deus”.
Além disso, insere-nos em seu Projeto Pedagógico, criando-nos uma escola
apropriada (o planeta Terra) e nela matriculando-nos com todo o material
didático requerido, através da reencarnação. O corpo físico, o fardamento; os
livros, nas lições daqueles ditos sagrados; e as provas das vivências e
experiências do cotidiano.
Como se pode entender
do ensinamento evangélico em epígrafe, a construção do “Reino dos Céus” é tarefa pessoal e intransferível de cada um, a
partir da ação e do aprendizado conferidos pelas experiências palingenésicas e
as múltiplas oportunidades e experiências fomentadoras do florescimento
daquelas sementes de virtudes, das quais a mais excelente é o amor.
O Reino dos Céus é, em
verdade um estado d’alma, um estado de consciência adquirido pelo esforço e pelo
bom aproveitamento de todo o manancial oferecido à nossa potencialidade
perfectível, através das provas e lições das múltiplas existências, dos
relacionamentos com o mundo e com as criaturas que nos são irmãs.
É, pois, imprescindível
“nascer da água”, ou seja, reencarnar
(a vida biológica tem origem na água) e “nascer
do espírito”, quer dizer, renovar-se espiritualmente, para alcançar aquele
desiderato de felicidade.
A consciência dessa necessidade
urge em ser alcançada, a partir do esforço de cada um por bem e melhor
aproveitar as dádivas recebidas e, assim, de lição em lição, plantar ações de
amor e de paz na construção do Reino de
Amor e de Paz, o “Reino dos Céus”
na Terra.
O Espiritismo nos
permite o ampliar dessas planícies que nos conclamam a caminhada e nos abre
vislumbres infinitos dos horizontes à frente e ao alto, ao iluminar-nos com o
conhecimento das nossas responsabilidades e ao enriquecer-nos com a
interpretação dos Evangelhos do Mestre Galileu, “em espírito e verdade”.
Parabéns pelo texto Cajazeiras!
ResponderExcluirCom amor desejo que nós consigamos construir o Reino do Céus dentro do nosso íntimo.