Por Gilberto Veras (*)

Tal sentimento poderoso, em atividade
recolhida, é incapaz de realizar desígnios máximos do Criador Amoroso, porque
atua sozinho, em autonomia desautorizada e em desacordo com projeto da
Inteligência e do Amor Supremos, o atendimento da vontade de Deus depende de
trabalho conjunto, no qual a presença do outro é indispensável.
Quem ama deve manifestar o sentimento ao ser
amado pelo comportamento recorrente. A paciência que ouve e tolera sem o
desprezo da condenação, o carinho que dulcifica a relação, a gratidão que
reconhece a bondade, a solidariedade que participa de alegrias e tristezas
próximas, a honestidade que não alimenta ilusões ou imponderações, o
consentimento que endossa a liberdade, o elogio que incentiva o desenvolvimento
de qualidades potenciais, a fraternidade que endossa princípios de igualdade
determinado pelo Inventor da vida.
Amor sem obras atua em recinto fechado,
inacessível, circula em lucubrações inócuas e egoístas, sementes que, cedo ou
tarde, murcharão nas mãos do jardineiro improducente que, desmotivado pelos
rigores do tempo, fica a ver navios distanciarem-se abastecidos pelo
combustível solidário do binômio de inteligência empreendedora.
(*) poeta e escritor espírita.
Parabéns pelo texto Gilberto Veras.
ResponderExcluirLindas palavras sobre o amor!!
O amor bondoso, paciente e construído no fazer o bem ao próximo é verdadeiramente uma obra divina.