Por André Trigueiro (*)
Os caras vêm do outro lado do mundo para ver
a seleção japonesa disputar uma Copa no Brasil. Perdem o jogo de estreia de
virada para a Costa do Marfim e, para surpresa (talvez a expressão mais correta
seja perplexidade) dos brasileiros presentes na Arena Pernambuco - e tantos
outros torcedores de sabe lá quantas nacionalidades pelas redes sociais -,
resolvem, ao final da partida, espontaneamente, coletar o próprio lixo no
estádio.
Munidos de sacolas plásticas azuis - levadas
por eles para esse fim - os japoneses se esmeraram em deixar impecavelmente
limpa as partes do estádio ocupadas pela torcida nipônica.
Não foi uma ação de marketing, flash mob ou exibicionismo barato.
Foi apenas a expressão de uma cultura admirável, onde o senso comum indica o gerador do resíduo como o principal responsável pela sua destinação final.
Em outras palavras: não importa se a Arena
Pernambuco dispõe de uma equipe de limpeza que deixará o estádio limpo após a
partida. Para quem veio da Terra do Sol Nascente, essa questão é absolutamente
irrelevante. Quem suja deve limpar. Simples assim.
Quantos de nós se surpreendeu com esse gesto?
Quantos seríamos capazes de fazer a mesma
coisa, principalmente depois de uma derrota de virada na estreia da Copa?
Foi um ippon
moral.
(*) Pós-graduado
em gestão ambiental pela COPPE/UFRJ e professor de jornalismo ambiental da PUC
RJ, André Trigueiro é jornalista da TV Globo e comentarista da Rádio CBN.
Fonte: portal G1
Fonte: portal G1
Tenho observado algumas situações bizarras em grandes supermercados de Fortaleza. O (a) cliente derruba frutas ou verduras no chão e não as repõe no lugar. Não consigo entender tais atitudes!
ResponderExcluirEducação e disciplina, quer mais...
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