A individualidade é a certeza de que ninguém
está na mesma posição física ou espiritual de outrem, essa verdade não deve ser
esquecida, senão incorreremos em falhas de observação prejudiciais às
avaliações que antecedem o relacionamento humano e nos permitem estabelecer
convivência saudável, decorrente de identificação adequada da personalidade de
nossos pares. O próximo não é mais do que nosso semelhante, só nos é igual na
potencialidade recebida e no destino reservado, tem o mesmo conjunto de germes
perfectíveis contemplados pelo Alto, porém o desenvolvimento dessa poderosa
capacidade justiçosa é trabalho de cada qual com colocação única na caminhada
evolutiva, não é diferente da constatação concluída pela ciência humana, dois
ou mais corpos não ocupam o mesmo lugar no espaço.
O livre-arbítrio concedido
pelo Criador permite infinitas possibilidades de caminhos em função de acertos
e erros morais e intelectuais, nas direções escolhidas oportunidades são mais
ou menos bem aproveitadas ou de total desaproveitamento quando o mal aparece
prevalente. Inumeráveis fatores influenciam o movimento espiritual do indivíduo,
em função do tempo de vida consciente e de escolhas pessoais, felizes ou
inditosas, ora, diante de tantas probabilidades, não há por que padronizar o
irmão em conjecturas fechadas já que o espaço real de apreciação é inesgotável,
esse procedimento é pretensioso e contrário às leis divinas de amor, justiça e
caridade. Inteligente e consonante com a vontade do Pai é a decisão de sempre
considerar o próximo como parceiro a serviço do bem para cumprir projeto divino
da vida que só acontece com a ativação de virtudes essenciais, jamais erraremos
se adotarmos esse comportamento no trato com qualquer criatura e passarmos a
empregar a força do amor no relacionamento com todos que cruzarem nossa
trajetória, assim não há perigo de falhas de conceituação e estaremos
intensificando nossa luz e projetando no outro iluminação que o incentivará a
despertar valores herdados do Divino, em ativação cada vez mais intensa, e
crescerá a parceria em cadeia fraterna, a passos adiante no encontro da
felicidade. Se optarmos em vasculhar o mal naquele que se nos aproxima, nada de
positivo estaremos semeando nele, nem em nós mesmos, e sim fortalecendo a força
adversa do universo, outrossim não é de bom alvitre responder com moeda
idêntica nas investida maléficas (na física espiritual, sentimentos de mesmo
sinal atraem-se e de sinais opostos repelem-se), o mal não vencerá o bem, é
fato, mas retardará ou dificultará nossa marcha natural determinada pelo
Arquiteto de Inteligência Suprema.
Não é prudente nos expor ao mal porque somos
vulneráveis devido a imperfeições milenares, não confundamos exposição ao mal
com o exercício do bem, no primeiro caso estaremos abrindo portas para o indesejado,
enquanto no segundo os canais que se abrem são luminares e não só combatem
trevas como se somam a luzes do irmão semelhante, esteja ele, momentaneamente,
sob domínio do mal ou não.
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