Por Roberto Caldas (*)
Ayan Qureshi |
Trazemos à baila um caso real. Daqueles que
ensejam uma sensação de incredulidade, perplexidade e admiração. Certamente
causou-nos impacto o relato histórico da excelência de Mozart que, aos 7 anos
de idade, compunha maravilhosas peças e partituras que faziam ficar boquiaberta
toda a sociedade musical de sua época. Na atualidade desponta Ayan Qureshi,
(foto) que conta agora 6 anos, mas recebeu aos 5 anos de idade a Certificação
da Microsoft, a maior empresa de computação do mundo, como o mais jovem
especialista em TI (Tecnologia da Informação) depois de ter conseguido
êxito em um complicado teste que é
aplicado a todos os candidatos ao título. O seu pai relata que desde os 3 anos
o garoto se interessava pelos computadores e aprendia, sem jamais esquecer,
todas as lições que ele, também um especialista, lhe ensinava. O menino tem em
sua casa, na Inglaterra (na cidade de Coventry) o seu próprio laboratório de
computação, com o seguinte detalhe: ele mesmo o construiu.
Como
entender um fato dessa monta? Uma criança de 3 anos, ainda analfabeta conseguir
apreender um mecanismo que escapa à grande maioria dos bilhões de pessoas que
compõem a população mundial. Genialidade por certo, diriam alguns, com os quais
concordamos. Vontade de Deus gritariam outros, que não deixam de ter razão. Uma
disposição genética, pois o pai é versado em computação, alegariam ainda, mesmo
que sem grande convicção. Lembremos que a Informática é uma ciência nova,
derivada da Matemática e que teve os seus primórdios provavelmente na década de
50 do século passado e apresenta a cada ano uma evolução que destrona todas as
posições alcançadas nos anos anteriores.
A
Doutrina Espírita, sem desconsiderar todas as possibilidades aventadas acima,
dá um nome para fenômenos controversos quanto esse que desponta aqui. Assinala
que as inteligências variam em grau e especificidade, oportuniza a inefável
Vontade Divina em todos os eventos humanos, reconhece o papel da estrutura
genética promovendo a associação dos semelhantes, porém, vai além da visão que
busca enquadrar a existência no intervalo entre o nascer e o morrer. Entende
que aqueles que iniciaram o processo de germinação da nova ciência nos idos de
1950, depois de alguns anos no mundo espiritual, começam a retornar para
prosseguirem o desenvolvimento para o futuro. Gênios do passado que voltam ao
meio que fecundaram, através do mais discutido dos princípios universais: a
Reencarnação. Exortamos à leitura do capítulo 5, parte segunda de O Livro dos
Espíritos, que trata a respeito das Considerações Sobre a Pluralidade das
Existências.
O
caso de Ayan Qureshi, criança de 6 anos que transita consciente numa das
ciências que mais traz novidades e progressos à humanidade é uma prova
inequívoca de que a alma não morre, apenas recicla. Mergulha no desconhecido da
morte e depois de período mais ou menos longo retorna com as idéias mais
clarificadas para dar continuidade ao caminho iniciado, através da lei dos
renascimentos. Esse ciclo de vida nos enseja que temos em nossas mãos a
possibilidade de projetar para o futuro próximo, e ainda para mais além, todas
as causas justas que pulsam em nossas mentes, para que jamais nos permitamos
cair na desesperança quando algumas iniciativas que julgamos importante pareçam
não corresponder às expectativas em um dado momento. Se for para o bem, o
momento chega. Necessário persistir sem cansaço em busca dos próprios
objetivos.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 16.11.2014.
(*) editorialista do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda. Lançou , recentemente a obra Antena de Luz, coletânea de editorias do programa mencionado.
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