Por Gilberto Veras (*)
Suportar com tolerância inoperante atitude
afrontosa, acalmar-se até desaparecer efeito vibratório desconfortável
decorrente da discordância a agressões, insultos e desequilíbrios nocivos de
irmãos inconsequentes, colocar-se como censor em posição superior para apenas
desaprovar ou condenar e, em seguida, conformar-se com a cômoda desobrigação
são atitudes que não devem ser consideradas como exercício da paciência. As virtudes divinais, e a paciência é uma
delas, são ferramentas de trabalho para servir o próximo no processo de
aperfeiçoamento da humanidade, é necessário aprendermos utilizar tais recursos
com consciência lúcida e operacional para alcançarmos fins elevados.
O projeto divino da vida contempla poderes
realizadores e oportunidades para cada alma aplicá-los no mundo de relações em
aprendizado interminável, como, também, inclui o livre-arbítrio para propiciar
o merecimento incentivador ou educador do caminhante. Por força desse
planejamento soberano, deveremos, óbvio, laborar com resultados promovedores,
para evitar permanência posicional inócua, em retardamento evitável à marcha
vitoriosa do avanço espiritual.
A ignorância natural (somos aprendizes na
escola da vida) é responsável por erros cometidos que têm sentidos contrários a
nossa essência (conjunto de valores potenciais denominado pela expressão “o
bem”), os desacertos, chamados de “o mal” por evidência de conceito, foram
criados pelo homem ao descuidar-se no desenvolvimento do bem.
Sendo virtuosa a componente em foco, não
devemos jamais estancá-la na ociosidade, no lugar impróprio do estacionamento
que não vai nem vem, é preciso ação do bem para combater o mal que se nos
avizinha de múltiplas formas. Se o irmão projeta-nos vibrações maléficas
devemos rebatê-las com energia benévola, é desse modo que a paciência
neutraliza falhas provindas da alma sob influência da insubmissão ao Criador.
Infâmia, prepotência, orgulho, egoísmo, incompreensão, desrespeito, devem ser
educados ou neutralizados com a tolerância amorosa cuja força positiva age, em
função do ataque recebido, de maneira adequada, em parcerias específicas,
amparadas pela fraternidade. Para suportar incômodos e dores sem queixa e com
resignação deve-se mobilizar a harmonia da fraternização compassiva, comandada
por emoções caridosas direcionadas à subida designada do companheiro em
procedimento aperfeiçoador. Não é aceitável a acomodação da falsa paciência, na
ilusão egoística e ociosa de que nada nos afeta, isolar-se da realidade externa
a pretexto de conveniência inteligente é conduta opositora à lei de Sociedade
que o Alto determinou para contribuir no progresso de todos, consequente da
verdade igualitária da criatura humana. Desculpa de omissão pela incapacidade
física também não se justifica, o trabalho da paciência se realiza por valores
imateriais, não raras vezes no silêncio da prece sincera e fervorosa, que
independe do estado corpóreo do irmão iluminado.
(*) poeta e escritor espírita.
QUANDO ESTUDAMOS O LIVRO O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO- ALAN KARDEK, TEM UM CAPITULO Q FALA SOBRE A PACIENCIA, EM RELAÇÃO AO PRÓXIMO. NOS QUE SOMOS ESPIRITAS, DEVEMOS TER PACIENCIA,, E NÃO RESPONDERMOS NO DIZER POPULAR, COM PEDRAS NA MÃO, E SIM COM PACIENCIA, E CALMA COM QUEM NOS AGRIDE COM PALAVRAS.É UM EXERCICIO MUITO DIFICIL, MAS A GENTE CONSEGUE, É SÓ SE VIGIAR E ORAR.
ResponderExcluirBRUNO FILHO
SOCIEDADADE ESPIRITA DOUTOR ANTONIO JUSTA- FORT-CE