Allan Kardec deixou o mundo físico no
dia 31 de março de 1869, em Paris, após o seu desencarne, nas suas estantes, muitos
escritos seus foram encontrados e com autorização de Amélie Gabrielle Boudet,
sua viúva, vieram a ser publicados em janeiro de 1890, sob o título “Obras
Póstumas.”
O último texto publicado nessa obra traz
o título “CREDO ESPÍRITA,” onde Allan Kardec faz uma análise dos problemas que
o mundo enfrentava naquela época, e inicia fazendo a seguinte afirmação:
“Os males da Humanidade provêm da
imperfeição dos homens; pelos seus vícios é que eles se prejudicam uns aos
outros. Enquanto forem viciosos, serão infelizes, porque a luta de interesses
gerará constantes misérias.”
Será que os problemas a que se referia
Allan Kardec, ainda no século XIX, são muito diferentes daqueles enfrentados na
atualidade, e que permeiam todos os recantos do Globo, no século XXI?
Observe-se a afirmação que ele faz no
parágrafo seguinte:
“Sem dúvida, boas leis contribuem
para melhorar o estado social, mas são impotentes para tornar venturosa a
humanidade, (...). Aliás, a bondade das leis guarda relação com a bondade dos
homens; enquanto estes se conservarem dominados pelo orgulho e pelo egoísmo,
farão leis em benefícios de suas ambições pessoais.”
Há um trecho nesse texto que não me
canso de reler, pela profundidade, alcance e atualidade das suas palavras:
“Por melhor que seja uma instituição
social, sendo maus os homens, eles a falsearão e lhe desfigurarão o espírito
para a explorarem em proveito próprio.”
Outra não é a situação enfrentada pelo
nosso País na atualidade, em que a corrupção grassa em todas as esferas da
nossa sociedade, e a violência e os crimes vem se tornando coisa tão comum, que
países em guerra matam menos que em nossas cidades.
Mas Allan Kardec não se limitou em
apresentar o problema, ele também ofereceu a solução:
“Quando os homens forem bons,
organizarão boas instituições, que serão duráveis, porque todos terão interesse
em conservá-las.”
“A questão social não tem, pois,
por ponto de partida a forma de tal ou qual instituição; ela está toda no
melhoramento moral dos indivíduos e das massas.”
Reflitamos sobre palavras tão sábias e
atuais, embora, pronunciadas há mais de um século!
Amigo Francisco, muito bom você trazer o pensamento esclarecido do Mestre de Lyon para esse momento tão conturbado pelo qual estamos todos passando. Roberto Caldas
ResponderExcluirExcelente texto. Parabéns ao Dr. Castro e ao Canteiro.
ResponderExcluirEveraldo Mapurunga
Viçosa do Ceará