Por Roberto Caldas (*)
Há muitas referências a respeito das formas
de entrarmos em contato com Deus. Palestras e livros são disponibilizados a
todo o momento. Nós mesmos somos suficientemente competentes para criar as
nossas fórmulas pessoais para tal finalidade, nada nem alguém há que possa se
contrapor a isso, afinal em matéria de certezas quanto à natureza de Deus somos
todos nivelados por igual.
Cientes
de Sua Onipotência, Onisciência e, portanto de Sua Presença saturando o tempo e
o espaço infinitos podemos admitir que Deus habite o passado, o presente e o
futuro, logo Sabe de todas as coisas, até mesmas aquelas que ainda não
aconteceram, ou seja, da nossa destinação, sendo a nossa mente um livro aberto
para Ele.
Se
Ele nos sabe, prevê que o que há de nos acontecer nos levará, findada a longa
jornada, em direção ao que há de melhor para nós, porque Ele que habita também
o futuro é que nos dispensou tal destinação. Logo as instâncias intermediárias
de nossa caminhada, essas entregues à própria escolha de cada um, por pior que
sejam os cenários que se apresentam no momento atual, são todas passageiras.
O
importante dessas considerações acima é exatamente pensarmos que a lacuna entre
a Visão de Deus quanto ao Futuro que Ele estabeleceu e a trajetória mais ou
menos tortuosa que nós determinamos, depende essencialmente do tempo que
levamos até percebermos que podemos ir mais rápido na medida em que nos
permitamos entregar-nos a Deus.
E como
fazer essa entrega? Começa por desfazermos a visão que nos foi imputada de um
Deus que julga e condena para a visão de um Ser completamente destituído de
qualquer objeção a nenhuma de suas criaturas, portanto completamente disponível
para iniciar uma sintonia fina a quem deseje fazê-lo. Não é necessário que
pertença a denominações religiosas, nem apresente moedas de troca ou faça
promessas, qualquer um pode fazê-lo.
Não
de trata uma tarefa de fácil execução, mas é extremamente simples. A
compreensão de que Deus sempre opera para o bem, seja qual for a situação que
se apresente a nossa frente, a atitude de eliminar a queixa e a vitimização, de
aceitar os fatos mesmo que precise corrigi-los, de sentir-se responsável pela
solução do problema, é o primeiro passo da entrega. Depois asseverar
mentalmente a confiança na presença de Deus, mesmo nas maiores dificuldades e
sem pedir qualquer intercessão na solução, pois a solução que desejamos pode
não ser aquela que merecemos e precisamos. Por fim deixar a mente invadida pela
absoluta ocupação divina, através da respiração, da pulsação, da idealização,
da imaginação. Senti-LO presente na nossa circulação sanguínea mesma,
oxigenando cada célula do nosso corpo e cada molécula do perispírito,
absolutamente entregues, contudo sem deixarmos de cumprir nenhuma de nossas
obrigações e sem nos isolarmos do mundo. A prática da entrega a Deus é a maior
remédio para todos os problemas que se encontram fora do nosso controle
solucionar, enquanto tratamos de resolver aqueles que são de nossa alçada.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 26.04.2015.
(*) escritor, editorialista do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda. Lançou recentemente a obra "Antena de Luz", coletânea dos editoriais do programa Antena Espírita.
Excelente texto de Roberto Caldas, cada dia melhor!
ResponderExcluirInternacionalmente, Castro!
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