Por Alkíndar de Oliveira (*)

Mas como motivar uma pessoa?
É preciso fazer que ela sinta prazer por aquilo que faz, sentindo-se
realmente realizada.
Portanto, essa é uma ferramenta motivacional importante no Centro
Espírita. Está aí à razão de alguns Centros Espíritas destacarem-se em relação
a outros, pois eles têm como meta fazer o trabalhador sentir prazer pelo que
executa. Nenhuma pesquisa, nenhum estudo derrubou essa tese. Portanto, se na
teoria motivacional “evitar a insatisfação” é o pilar de barro (apesar de
necessário), a “busca do prazer” é o pilar de ferro.
É importante evitar a insatisfação do trabalhador, contudo, isso não
significa que teremos trabalhadores motivados. Mas, se adotarmos determinadas
técnicas para não deixá-lo insatisfeito, teremos dado um grande e significativo
passo. Para isso, são necessários os seguintes procedimentos:
a)
Fazer com que o trabalhador espírita tenha as informações necessárias
para realizar seu trabalho;
b)
Estabelecer canais de comunicação de fácil entendimento;
c) Procurar saber das necessidades
pessoais do trabalhador;
d)
Ter uma mudança de política administrativa, do Centro Espírita, que seja
clara, abrangente e bem definida.
Agindo assim, teremos
trabalhadores satisfeitos e motivados?
Não necessariamente. Mas, pelo menos, teremos pessoas não
insatisfeitas.
Mas como alcançar a motivação?
É o que veremos a seguir.
Como o Centro Espírita deve proceder
para que o trabalhador sinta prazer com o seu trabalho e, naturalmente,
sinta-se motivado?
Sabemos que todo trabalho voluntário é naturalmente motivador. Ajudar o
próximo proporciona grande prazer interior, torna-nos mais pacientes e dá-nos
um sentido à vida. Portanto, todo o Centro Espírita já tem essa enorme vantagem
motivacional: levar o trabalhador a sentir prazer por estar executando um
trabalho voluntário. E é
possível fazer com que a motivação do voluntário mantenha-se sempre presente,
podendo até mesmo aumentar. Acompanhe cinco técnicas que vão estimular a
motivação de seus trabalhadores:
Primeira
técnica (fundamental):
Implantar visão compartilhada
O trabalhador deve ter plena consciência e concordância dos objetivos
buscados pelo Centro Espírita. A “visão do Centro Espírita” não pode ser fruto
apenas dos pensamentos, sonhos, análises e intuições dos integrantes da
diretoria. O trabalhador, qualquer que seja seu cargo ou função, deve se sentir
parte necessária e integrante do Centro. Por essa razão, os dirigentes do
Centro devem solicitar ideias aos trabalhadores, envolvendo-os nas decisões a
serem tomadas.
Segunda técnica:
O trabalhador deve ser visto como
o personagem principal do seu trabalho
Se o trabalhador sentir que simplesmente cumpre regras, que não tem
possibilidade de mobilizar ou de sugerir mudanças, ele não sentirá prazer no
que faz. O trabalhador deve sentir que tem poder e autonomia, mesmo que
relativos, em relação à sua função.
Terceira
técnica:
Propiciar condição para que o
trabalhador execute tarefas com grau de dificuldade um pouco acima de suas
atuais habilidades.
É necessário delegar ao trabalhador determinada atividade que exigirá
esforço e dedicação para ser realizada, permitindo que ele desenvolva
habilidades que talvez nem imaginasse ter. Ao sentir que o dirigente do Centro,
ou o responsável pelo Departamento, confia nele, passando-lhe um serviço que
vai além do que ele sabe fazer, o trabalhador sente-se orgulhoso pela confiança
depositada nele. Contudo, para evitar possíveis frustrações, deve-se tomar um
cuidado no momento de delegar a tarefa: não pode haver uma diferença muito
grande entre a habilidade do trabalhador e a dificuldade do serviço.
Quarta técnica (muito especial):
Estabelecer o bom humor no Centro
Espírita
Os líderes devem evitar a carranca, a cara fechada, e sorrir mais. Devem
criar condições para que o bom humor faça parte da cultura do Centro Espírita.
Uma grande vantagem adicional desta técnica é que a pessoa bem-humorada, além
de motivar-se com maior facilidade, é mais criativa.
Quinta
técnica (muito estimulante):
Propiciar condições para que o
trabalhador seja elogiado pelas suas realizações
O líder deve demonstrar alegria ao perceber que o trabalhador cumpriu
muito bem seu projeto ou tarefa, elogiando seus esforços em cada etapa.
Algumas das formas de elogiar o trabalhador:
– Cumprimentar pessoalmente o
trabalhador por um trabalho bem-feito;
– Escrever uma mensagem ao trabalhador, elogiando seu desempenho;
– Reconhecer publicamente um trabalho bem-feito;
– Promover reuniões destinadas a comemorar o sucesso do grupo.
A partir da execução desses cinco procedimentos, iremos descobrir que: MOTIVAR É POSSÍVEL.
¹[O
texto abaixo faz parte do livro “Desenvolvimento Espírita”, Editora Truffa]
(*
palestrante, escritor e Consultor de Empresas radicado em São Paulo-SP, profere
palestras e ministra treinamentos comportamentais em todo o Brasil.
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