Por Roberto Caldas (*)

A
partilha dos papéis sociais, o homem como provedor e a mulher como educadora,
produziu forte influência no abismo que se criou no relacionamento da figura
paterna em relação ao seu filho. Muitas mudanças sociais foram exigidas no
processo de evolução da humanidade para que a função de pai passasse a ser
considerada no nível de dignidade e importância que tal papel infere na
formação equilibrada do psiquismo educacional do espírito encarnado.
Contraditoriamente foi necessário que surgissem os movimentos de equiparação
social da mulher na sociedade contemporânea para que a inserção do homem se
tornasse uma viabilidade dentro da dinâmica familiar.
Na
atualidade não há espaço para se pôr em dúvida a importância essencial da
paternidade na busca do equilíbrio educacional, mesmo considerando que um grande
contingente do universo masculino ainda se evade de suas responsabilidades
espirituais deixando sem a sua custódia moral e financeira uma quantidade ainda
numerosa de filhos. Sendo a paternidade uma missão intransferível, a fuga das
obrigações paternas é uma das mais graves infrações que podem ser perpetradas
diante dos vínculos espirituais que entretemos. A questão 582 de O Livro dos
Espíritos categoriza a paternidade como uma missão, mercê de tratar-se de um
dever diante da existência, pela perspectiva educativa e restauradora do
equilíbrio espiritual dos seres que chegam fragilizados à encarnação, a fim de
receberem com maior facilidade as impressões restauradoras do comportamento.
A
ordem espiritual do planeta, sob as leis imutáveis de Deus adaptadas às
necessidades da raça humana, provavelmente proponha que a legitimação paterna é
uma distinção que alcança àqueles que conseguem ver nos filhos a realização da
mais importante tarefa que a existência lhes possibilita, além das cogitações
profissionais e de outras vinculações possíveis. A efetivação desse desiderato,
dentro dos valores educacionais para a construção de um mundo melhor, é uma das
mais potentes ferramentas de crescimento espiritual aos que se façam dignos de
empunhá-la.
Benditos sejam aqueles que não envidam
esforços para acurar os propósitos de tornar o planeta mais propício à
semeadura da Paz, através da educação espiritual dos seus filhos, verdadeiros holofotes que fazem a luz
resplandecer, sal da terra que emprestam sabor ao mundo.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 09.08.2015.
(*) escritor, editorialista do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda.
O EDITORIAL, VEM EM BOA HORA, POIS HOJE COMEMORAMOS O DIA DOS PAIS, MUITOS DELES QUE NÃO QUEREM NEM SABER DOS FILHOS(AS). GOSTEI DO EDITORIAL DO PROGRAMA ANTENA ESPIRITA, NELE SÃO CITADAS VÁRIAS SITUAÇÕES, QUE NOS LEVAM A REFLETIR SOBRE O VERDADEIRO PAPEL DOS PAIS NO SENTIDO DE ORIENTAR OS FILHOS EM DIREÇÃO DO BEM.. GUIAR ALGUEM É MUITO IMPORTANTE, E PRINCIPALMENTE SENDO NA DIREÇÃO DO BEM. MAS É PRECISO TAMBÉM SE REPENSAR O PAPEL DA MÃE NA NOSSA SOCIEDADE ATUAL.
ResponderExcluirBRUNO PORTO FILHO
MEMBRO DA SOCIEDADE ESPIRITA DR. ANTONIO JUSTA.
UM ABÇO A TODOS.