Por Roberto Caldas (*)
Se há uma regra sem exceção, considerados
todos os períodos da humanidade e as leis estabelecidas em todos os tempos,
essa não deixa o menor rastro de dúvida a quem a examine: toda violência é
fruto da maldade. A maldade por sua vez é opcional e voluntária, jamais uma
imposição da Natureza. O que nos estabelece a Natureza é a obrigatoriedade de
uma linha evolutiva que inicia na simplicidade e na ignorância.
Há
quem se compraza e até estabeleça objetivos baseados na destruição de outrem,
como forma deliberada de conquistar patamares de sucesso em suas empreitadas de
cobiça e poder. Nesse afã emprega meios e instrumentos que vão desde o uso de
armas de fogo e bombas até a manutenção de fortunas conquistadas pelo roubo e a
prevaricação das leis. Em todos os casos as estratégias que se emprega escondem
uma alma embrutecida pelo ódio e trazem à tona o horror dos nossos piores
vícios, aqueles que impregnam a mente das pessoas que exorbitam a esfera do
sofrimento individual para se tornarem algozes da coletividade. Antes de
poderem ser admirados pela fortaleza que intentam transparecer, essas pessoas
devem ser vistas sob o olhar de piedade, tamanha a brutalidade de que são
geradoras e vítimas ao mesmo tempo.
Não
importa a reverência que lhes faça o mundo: reis, presidentes, califas, papas,
príncipes, senadores, deputados. Todos haverão de se encontrar com a REALIDADE
que não se permite corromper nem se intimida à prepotência ou aos títulos,
diante da qual a consciência se ajoelha e chora todos os males que tenha produzido
em nome das falsas ilusões da vitória terrena advindas do derramamento de
sangue e do cercear de vidas.
A
Terra conta as últimas horas em que a barbárie ainda caminha ombreando a
generosidade e o mal parece robustecido pela intrepidez egoístas e sanguinários.
A humanidade se esgueira aflita buscando um hiato para respirar fora desse
ambiente de violência e desonestidade, necessitando abolir de si os germens
microscópicos de toda essa brutalidade, dos quais consegue perceber os danos de
forma coletiva quando exibidos nas mãos de alguém poderoso.
Sejamos
otimistas diante dessas desastrosas atitudes humanas. A história relata
soberana a queda de impérios e poderosos que ficaram para trás e hoje são
esquecidos. Aqueles que hoje se apresentam também o serão, tragados pela força
do Tempo, instrumento de Deus para a regeneração inexorável da humanidade.
Caminhando
com os espetáculos de dor que o homem gera ao semelhante vale a pena refletir a
respeito da questão 781a de O Livro dos Espíritos: “O que pensar dos homens que
tentam deter essa marcha (a do progresso – inclusão nossa) e fazer retroceder a
humanidade? - Pobres seres que serão punidos por suas próprias ações. Serão
arrastados pela torrente que querem deter”.
Deus
é Mais e a sua Justiça Misericordiosa haverá de instalar na Terra, no tempo
adequado o clima de Paz e Irmandade. Disso não duvidamos.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 15.11.2015.
(*) escritor, editorialista do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda.
Muito bom
ResponderExcluirótima reflexão. Se vista, quem sabe, por alguns daqueles que manipulam a própria existência e de outros, talvez ponderasse os próprios atos.
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