Por Roberto Caldas (*)
A ciência humana, considerada um dos grandes
avanços da espécie desde o seu aparecimento sobre o planeta, tem sido uma das
inequívocas provas do caminho evolutivo pelo qual trilha a humanidade.
Descortinando os ditames da Natureza o pesquisador abre perspectivas para o
crescimento coletivo e acena para novos patamares de conquistas nos campos da
qualidade de vida e da socialização dos grupamentos mundo afora.
Dotada
de exigência afinada à compreensão analítica profunda e baseada em resultados
objetivos resultantes de estudos e experiências que necessitam ser sérias para
então aceitas, a ciência humana estabelece uma ponte entre o imaginário que
alimenta a observação e o concreto que estabelece a mudança de paradigma sempre
que vencida uma etapa de testes e formulação de teses. Foram as experiências
que culminaram com formulação das teorias do mundo quântico na Física e do
sistema binário na computação que permitiram ao século XX ter sido considerado
aquele que estabeleceu uma nova mudança de era para a humanidade, comparada
àquela que foi a descoberta da escrita nos primórdios dos tempos.
A
visão evolucionista do Espiritismo contempla com simpatia os movimentos
científicos em todos os tempos por compreender que o desenvolvimento do planeta
depende da inteligência dos seus habitantes. Na opinião dos Espíritos que
contribuíram com a Codificação de Allan Kardec a comunhão dos diversos saberes
humanos, incluídos aí os conhecimentos hauridos dos estudos científicos, são as
grandes alavancas para o progresso da Terra. Os colaboradores espirituais da
Doutrina Espírita chamam a atenção, no entanto quanto à necessidade de serem
vencidas as limitações que fazem com que ciência e espiritualidade marchem em
caminhos aparentemente dissociados. Eles ensinam que as leis que regem o mundo
material são as mesmas aplicadas ao mundo espiritual, guardadas as falsas
interpretações alimentadas pela ignorância acerca do mundo invisível presente
entre os experimentadores do mundo material. Basta apenas que se descortinem as
paisagens do mundo espiritual para que a nossa ciência materialista possa
encontrar um traço de união entre os dois mundos passando a percebê-los como
dois aspectos de uma única realidade. Segundo os orientadores em O Evangelho Segundo O Espiritismo,
quando tratam da Aliança da Ciência e da Religião ( Cap. I item 8): “Esse traço de
união está no conhecimento das leis que regem o Universo espiritual e suas
relações com o mundo corpóreo, leis tão imutáveis quanto as que regem o
movimento dos astros e a existência dos seres”.
Conclui-se
daí que a ciência dos homens é detentora de um grande contributo à evolução do
nosso mundo encarnado, mas é necessário que a mesma faça uma parada de
avaliação em seu vôo materialista a fim de prover-se da capacidade de
interpretar a realidade além da morte, se pretende atingir proficiência na sua
condição de explicar a realidade ampliada da existência. Nesse afã de expansão,
essa ciência vai precisar dos conhecimentos da Doutrina Espírita, doutrina que
festeja as conquistas do gênio humano e traz em seu axioma o título de ciência
espiritualista elucidando acerca das realidades além da matéria, área ainda
desconhecida pelos pesquisadores encarnados.
¹
editorial do programa radiofônico Antena Espírita de 17/01/2016.
(*)
escritor espírita, editorialista do programa Antena Espírita e voluntário do
C.E. Grão de Mostarda.
"Os colaboradores espirituais da Doutrina Espírita chamam a atenção, no entanto quanto à necessidade de serem vencidas as limitações que fazem com que `ciência´ e `espiritualidade´ marchem em caminhos aparentemente dissociados."
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Quando caminharem juntas, estaremos às portas do que Jesus chamou de "O Reino dos Céus".