Por Roberto Caldas (*)
A poluição do planeta começa em nossa mente.
E não se fala apenas da poluição visível, aquela patrocinada pelo ato de
contaminar os esgotos com soluções caseiras, substâncias de uso residenciais ou
pelo ato de jogar pela janela do carro restos do que não queremos mais. Essas
formas de poluição fazem parte da falta de educação doméstica e urbana, um
pouco de boa vontade em aprender é suficiente para facilmente nos livrarmos
delas. Aprender a lidar com o nosso lixo é obrigação.
A
mais importante poluição que geramos é a mental, a qual por falta de comprovação
material, passa ao largo da nossa percepção, sem que identifiquemos a
perturbação que geramos em um ambiente quando reagimos encolerizados. Usando o
verbo para agredir criamos ao ambiente uma forma de contaminação que foge a
nossa leitura, assim como um pensamento maledicente produz uma nuvem escura que
se espalha pelo espaço de imediato.
Na
condição espiritual em que estagiamos não é tarefa fácil manter a mente
completamente isenta das poluições invisíveis, mas a compreensão do que nos
acontece ao sintonizar fora do clima mental organizado é um passo para o
conserto gradual dos nossos hábitos. Somos capazes de analisar as principais
situações que se repetem em nossas vidas para dar início a uma campanha na
direção de mudança das posturas viciadas que adotamos em nossas relações.
Nesse
campo há conquistas a serem alcançadas na lida diária, o que não se atinge por
um passe de mágica, sim por uma vontade férrea em fazer a diferença
aproveitando a encarnação para se reposicionar diante da lei de ação e reação: Fugir
do clima de queixa ou reclamação; reduzir o tempo de sofrimento diante de
frustrações; assumir a responsabilidade sobre as situações vividas evitando
culpar os outros pelo que nos acontece; buscar as soluções diante de qualquer que
seja o problema; jamais desistir de alcançar os próprios objetivos.
Privar-se
desse esforço de mudança gera frustrações muito maiores, pois aos poucos
haveremos de impregnar o nosso corpo pelos venenos que lançamos ao ambiente
mental, tornando-nos a maior vítima dessa poluição invisível, também
fisicamente. O desperdício do despertar que a reencarnação oferece é a mais
imediata consequência de tal comportamento. É importante, se estamos
comprometidos com o clima espiritual e mental que nos cerca, termos a coragem
de iniciar esse processo de mudança a partir da intimidade do pensamento.
Pense
bem, ilumine o mundo com o seu pensar, ajude a Terra a se tornar um planeta
mais harmonizado e feliz. A maior poluição é aquela que geramos de dentro para
fora, portanto invisível aos olhos.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 28.02.2016.
(*) escritor espírita, editorialista do programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda.
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