Neste momento de crise epistemológica, em que se anuncia
a morte da ciência, da história e da filosofia; em que se desconstrói o
sujeito, estabelece-se um vazio ético, e reduz-se toda verdade a mero discurso;
quando a sombra do nada, a sombra nietzschena, a angústia e a sensação de
impotência se estendem no mundo, pode ser um bom exercício resgatar uma linha
de pensamento que quase nunca é suficientemente valorizada: a dos clássicos da
educação. Em seus escritos pode haver respostas para estas angústias. Entre eles,
elegemos para a nossa rápida análise, Comenius, Rousseau e Pestalozzi.[1]
Esse artigo pretende apenas indicar alguns pontos que podem ser desenvolvidos
numa abordagem mais profunda.
Primeiro, é preciso
lamentar que muitas vezes os filósofos-educadores são considerados filósofos
menores e, às vezes, nem mesmo filósofos. Também como cientistas – se assim
forem vistos – seu status é inferior aos de outras áreas (mesmo se comparados a
representantes de áreas de humanas, como cientistas sociais ou antropólogos).
Veja-se, por exemplo, à época de Comenius, havia dois gigantes, contemporâneos
seus, René Descartes e Francis Bacon. Hoje, o primeiro é criticado como pai do
reducionismo racionalista. O segundo pode ser visto como pai do reducionismo
empirista. Ora, o pensamento pós-moderno, justamente esse que fala de teorias
de complexidade e de transdisciplinaridade, se opõe a essas formas de visão
parcial e unilateral, mas nunca cita Comenius, como interlocutor crítico de
Descartes (com quem esteve pessoalmente discutindo suas diferenças).
Pestalozzi, por sua vez,
foi contemporâneo de Fichte e outros idealistas alemães. De Fichte, aliás, foi
amigo e escreveu sob recomendação deste a obra-prima de filosofia Minhas indagações sobre a marcha da natureza
no desenvolvimento da espécie humana. Os pós-modernos também fazem a
leitura crítica dos grandes sistemas de pensamento totalizante e, no caso de
muitos idealistas, totalitários. Mas jamais algum filósofo contemporâneo se
lembra de examinar as idéias pestalozzianas.[2]
Outro exemplo: com toda a
valorização da sociologia no século XX, quase ninguém sabe que Pestalozzi é
considerado um dos pais da sociologia da juventude, muito antes de Comte e
Durkheim enunciarem seus métodos. (Ver FLITNER, 1968) Ou, num panorama mundial
como o de agora, de ameaça de guerra internacional e de questionamento do papel
da ONU, ignora-se que Comenius foi quem primeiro teve a idéia dessa organização
e tinha ele mesmo propostas pacifistas, 300 anos atrás.
Acontece que – e essa é a nossa tese – justamente no
campo da educação, podem se encontrar todas a áreas do conhecimento, podem se
aliar todos os métodos de pesquisa e reflexão e se podem pretender algumas
verdades sem dogmatismo e algumas utopias, sem desvarios. Faz parte da própria
essência da educação, um modo de ser interdisciplinar, a necessidade de uma
mínima segurança teórica para a prática e a presença de um projeto de
aperfeiçoamento humano, sem o qual não há educação. Como diz Savater:
“Como
indivíduos e como cidadãos, temos perfeito direito de ver tudo da cor
característica da maior parte das formigas… muito preto. Enquanto educadores,
porém, não nos resta outro remédio senão sermos otimistas. Pois educar é crer
na perfectibilidade humana.” (SAVATER,
1998:23)
Isso parece confirmar a idéia de que o excesso de
relativismo, a desconfiança absoluta de qualquer verdade e o esvaziamento ético
não combinam com um projeto educacional. O fato é que justamente esses extremos
a que chegou o pensamento contemporâneo foi uma reação ao pensamento dogmático,
reducionista e compartimentado dos últimos séculos. O interessante é que tanto
Comenius, quanto Rousseau e Pestalozzi, embora imersos em seus diferentes
contextos, eram críticos das perspectivas que então se solidificavam: no caso
de Comenius, contra a especialização e compartimentalização, com a sua proposta
de pansofia (ou a sabedoria do todo);
no caso de Rousseau, contra o excesso de racionalismo, com sua valorização do
sentimento e contra o materialismo emergente, com a idéia de uma religião natural,
não-institucional, não-dogmática, mas que leva em conta a dimensão espiritual
do homem; no caso de Pestalozzi, contra o inchaço da filosofia idealista, com a
valorização da observação empírica e ao mesmo tempo contra a visão reducionista
do homem, com a sua prática de educação integral.
O acesso à realidade
Talvez ignorar a contribuição dos educadores não seja um
ato inocente e destituído de intenções, mas tenha relação com a própria postura
desconstrutivista do pensamento
atual. É verdade que se alega a necessidade de uma religação dos saberes (Ver
MORIN, 2001), que se critica o racionalismo estreito e se quer uma abertura
para o complexo, o contraditório, o plural… E é verdade que Comenius, Rousseau,
Pestalozzi revelavam tal abertura e tal crítica. (Por exemplo, Comenius
pretendia o diálogo inter-religioso em pleno século XVII e incluía itens sobre
as grandes religiões mundiais no primeiro livro didático ilustrado do mundo, o Orbis sensualium pictus, aliás um livro
interdisciplinar e multilingüe.) Mas a diferença é que os pensadores de hoje
chegam na maior parte das vezes a uma pulverização total da realidade. É uma
transdisciplinaridade que não dá liga, não faz sentido. Não há nada que a
unifique, porque tudo é aleatório. Edgar Morin adverte contra o que chama de “obsessões ontológicas” (MORIN &
MOIGNE, 2000:78), revelando com isso, a proibição que o pensador de hoje deve
impor a si mesmo: a de não se permitir nenhuma certeza e jamais declarar que
algo é. Vattimo refere-se na mesma
linha de pensamento à “dissolução da
estabilidade do ser” ou ainda, citando Heidegger, afirma que “do ser como tal nada mais há”.
(VATTIMO, 1996:4)
É certo que pode parecer prematura qualquer leitura
crítica de um modo de pensar que apenas está nascendo e que, antes de propor
soluções, quer chacoalhar as estruturas passadas. O próprio Morin explica: “É preciso que exista a crise e é preciso
trabalhar para aprofundar essas crises e é difícil dizer àqueles que estão
presos à sua segurança mental que é preciso aderir à insegurança.” (MORIN
& MOIGNE, 2000:71) Por outro lado, já estamos enveredando por esse caminho
nihilista há mais de trinta anos – o que é pouco do ponto de vista da história
humana, mas muito do ponto de vista da história acelerada deste último século.
E apontamos 30 anos se tomarmos o pós-maio de 68 e o lançamento de A condição pós-moderna de Lyotard, como
marco inicial. Mas se considerarmos o século XX inteiro, como herdeiro do
nihilismo nietzscheano, estica-se ainda mais essa crise, que Morin quer
aprofundar.
Querer superar a crise ou pelo menos sinalizar caminhos de saída, e ainda mais, usando referências clássicas, é correr o risco de ser acusado de nostalgia ontológica ou ainda de falta de coragem e de estreiteza mental, por não se aceitar a condição de radical insegurança de todo conhecimento e de toda esperança. Parece-nos que esse tipo de raciocínio é um verdadeiro patrulhamento ideológico, pois desqualifica a priori o que não for radicalmente nihilista e relativista. A tão propalada busca de pluralidade e diálogo fica assim restrita entre os que crêem no nada, como pressuposto não menos metafísico do que a ontologia afirmativa. A exclusão de diálogo com educadores antigos pode fazer parte dessa censura implícita.
O caso é que para o educador, que se defronta com a
prática pedagógica e acredita poder agir no mundo por meio da educação; que
pode relativizar posições, mas precisa ter convicções para essa ação –
Comenius, Rousseau, Pestalozzi e outros fazem muito mais sentido dos que os que
proclamam o vazio. Podemos, sim, levar em consideração o terremoto pós-moderno,
para evitar dogmatismo e unilateralidade de visão, mas devemos resgatar alguns
pontos perdidos, que dão consistência ao sujeito, à ação humana e à existência.
Nesse sentido, a primeira condição de conhecimento
proposto por esses pensadores é o do encontro epistemológico. Comparando
Descartes e Comenius, explica Dieterich:
“A diferença
fundamental entre ambos é que Descartes constrói seu sistema inteiramente a
partir da razão, enquanto Comenius considera indispensável para a aquisição de
conhecimento, ao lado da razão, os testemunhos dos sentidos humanos e da
revelação divina.” (DIETERICH, 1991:81)
Ou seja, para alcançar algum grau de certeza, é preciso
recorrer à ciência empírica, à reflexão filosófica e à religião. Não se exclui
nenhum instrumento de abordagem da realidade para abarcá-la com mais precisão.[3]
Assim também Pestalozzi, que propunha uma epistemologia da educação, onde a observação da criança e da experimentação pedagógica, aliada à articulação filosófica e a um sentimento de religiosidade do educador são partes constituintes da pedagogia e ao mesmo tempo maneiras de conhecer o homem. Seu discípulo Rivail, que aplicou na França os métodos pestalozzianos, queria já em 1828 o estabelecimento de uma “ciência da educação", que só depois de décadas começaria a se concretizar. Mas, antecedendo qualquer radicalização cientificista, avisava que a educação também era uma arte. (RIVAIL, 2000)[4]
Por ser a educação ponto de encontro de metodologias e
áreas do saber, ela se achega mais ao ser humano e o pode compreender melhor e,
além de estudá-lo, tem de lidar com ele e ajudá-lo a realizar-se enquanto ser
humano. Mas, para isso, é preciso que o ser tenha uma consistência ontológica;
que não seja apenas um feixe de sensações esparsas. Como pensar em educar um
conjunto aleatório de sensações, sem uma identidade própria? Que significa a
educação num contexto de nadificação
do ser?
A condição para isto é o status ético que esse autores
reconhecem no homem, entendendo-se que existe uma moralidade intrínseca, acima
das moralidades relativas, culturais e sociais. Nesse sentido, Rousseau avançou
num terreno pouco explorado que é o da consciência, entendida como “luz interior”, usando a auto-análise,
muito antes de Freud e das correntes psicológicas, para que o ser humano se
possa conhecer também a partir de si mesmo. Só que, ao contrário da
psicanálise, Rousseau, embora reconheça e observe o lado obscuro da mente
humana, inclusive de sua própria, acha no fundo de tudo, uma bondade essencial,
uma imanência divina, que se traduz na voz da consciência.
“Só
tenho a me consultar sobre o que quero fazer: tudo o que sinto ser o bem é o
bem; tudo o que sinto ser o mal é o mal: a melhor das causuístas é a consciência
e é apenas quando se barganha com ela que se faz apelo às sutilezas do
raciocínio. (…) A consciência é a voz da alma.” (ROUSSEAU, 1967: 594)
Na seqüência lógica, deduz-se assim, que é na
transcendência humana, na qüididade do
homem, de ser mais que o biológico e o social, que se radica esse status ético.
Por isso, em última instância, recuperar a alma é recuperar o sentido
existencial, o ponto de ligação entre os
diversos conhecimentos. Porque reconhecer o homem como transcendente é
justamente reconhecer-lhe a consistência ontológica, é sair do nada e
reencontrar a inteligibilidade do mundo.
Será essa linha de raciocínio a da covardia perante a
absoluta insegurança? Será dogmatismo não aceitar que todos os domínios estejam
assolados, como diz Morin, pelo
princípio da incerteza?“Existe um
princípio de incerteza no exame de cada instância constitutiva do conhecimento”
e “existe um princípio de incerteza no
coração mesmo da lógica”. (MORIN & MOIGNE, 2000:69).
Não parece. Não apenas por uma questão de fé, que para
Kant significava um salto no escuro, mas por uma questão de racionalidade e de
consciência, e se quiserem, até de utilitarismo. Que faremos com nós mesmos e
com o mundo, como continuar a reprodução da espécie e trabalhar por um futuro
melhor (sobretudo através da educação), se nada somos, nada podemos, nada
conhecemos e todo e qualquer princípio de verdade e de ética se esvaziaram por
completo?
Comenius, que descreveu o mundo como um labirinto, onde
tudo era representação e ilusão, em que as diversas áreas do saber e do agir
humano não passavam de superficialidade e engodo, reencontra a segurança
existencial dentro de si, no paraíso do coração, onde está a presença divina
(Ver COMENIUS, 1998). É possível assim relativizar as certezas humanas, mas
deve haver uma instância de certeza, que garanta a própria identidade do ser. E
foi desse paraíso do coração, que Comenius saiu de si, para agir no mundo e
transformá-lo. E seu grande projeto de transformação era de paz universal, de
conhecimento pansófico e da pampaedia – a educação integral para todos os seres
humanos, independente de raça, sexo, nacionalidade, posição social, idade ou
religião.Pretendia um mundo de harmonia, em que as pessoas pudessem encontrar a
felicidade e a realização desde agora e, depois, na eternidade.
O mesmo fez Pestalozzi. Depois de inúmeros reveses, que o
fez escrever o sugestivo título Crepúsculo
de um eremita, acha em si mesmo a
verdade e com a inteira segurança de sua própria identidade, dedica a vida à
formação de crianças pobres e ricas, trabalhando por uma educação universal,
igualitária e integral. E avisa: “a
verdade pura, haurida do íntimo do nosso ser, é a mesma verdade de todos os
homens. Ela será a verdade unificadora dos que lutam.” (PESTALOZZI, 83:8)
Bibliografia
COMENIO. Didactica magna. Pansophia.
Firenze, Nuova Italia, 1984.
COMENIUS,
Jan Amos. Orbis sensualium pictus. Faksimile vom
Original, London, 1659. Zürich, Pestalozzianum Verlag, 1992.
COMENIUS,
Johann Amos. Große Didaktik.
Stuttgart, Klett-Cotta, 1993.
COMENIUS, Johann Amos. Pampaedia.
Heidelberg, Quelle & Meyer, 1965. (Texto em latim e alemão).
COMENIUS,
John Amos. Selections. (Introduction by Jean Piaget). Paris/Lausanne, Unesco,
1957.
COMENIUS,
John. The Labyrinth of the world and the paradise of the Heart. New York,
Paulist Press, 1998.
DIETERICH,
Veit-Jakobus. Johann Amos Comenius. Hamburg,
Rowohlt, 1991
FLITNER, Andreas. Os problemas sociológicos nas primeiras
pesquisas sobre a juventude. (In: Sociologia
da juventude. Rio de Janeiro, Zahar, 1968)
LYOTARD, Jean-François. A condição pós-moderna. Rio de Janeiro, José Olympio, 1998.
MORIN, Edgar. A
religação dos saberes. Rio de Janeiro, Bertrand, 2001.
MORIN. Edgar & MOIGNE, Jean-Louis. A inteligência da complexidade. São
Paulo, Peirópolis, 2000.
PESTALOZZI, Johann Heinrich. Kleine Schriften zur Volkserziehung und
Menschenbildung. Bad Heibrunn, Klinkhardt, 1983.
PESTALOZZI,
Johann Heinrich. Sämtliche Werke und
Briefe. Kritische Ausgabe. Zurique, Orell
Füssli, 1927-1980. Obras, Vol. I a
XXVIII. Cartas, Vol. I a XIII.
RIVAIL, H.-L.-D. Textos
pedagógicos. Tradução Dora Incontri. São Paulo, Comenius, 2000.
ROUSSEAU,
Jean-Jacques. Œuvres complètes. Vol 4. Bibliothèque la Pléiade. Paris, Éditions Gallimard, 1967.
SAVATER, Fernando. O
valor de educar. São Paulo, Martins Fontes, 1998.
VATTIMO, Gianni. O
fim da modernidade. São Paulo, Martins Fontes, 1996.
[1] A obra de Reale
faz exatamente isso em relação aos clássicos da filosofia. REALE, Giovanni. O saber dos antigos. Terapia para os tempos
atuais. São Paulo, Loyola, 1999.
[2] O preconceito parte dos próprios educadores, que chegam a infringir as
regras de uma boa análise científica, para atender a idéias pré-estabelecidas
por cartilhas ideológicas. É o caso de um livro recentemente lançado e que foi
tese de doutorado na Unicamp: ACRE, Alessandra. A Pedagogia na “Era das Revoluções”- uma análise do pensamento de
Pestalozzi e Froebel. Campinas: Editores Associados, 2002. A autora sequer
cita o pensamento filosófico de Pestalozzi, aliás tendo examinado numa tese de
doutorado apenas três livros seus, traduzidos, (um deles uma coletânea
esparsa), quando sua obra em alemão conta 40 volumes. Alessandra dá uma
interpretação distorcida de Pestalozzi, ignorando as mudanças de pensamento
político e social, por que passou em diversos momentos de sua vida e
esforçando-se para dar dele uma visão de educador assistencialista, conservador
e burguês. Nenhuma obra sua em alemão foi consultada e não foi citado nenhum
dos 12 mil títulos catalogados em todas as línguas, que analisam e estudam o
pensamento complexo e rico de Pestalozzi. Os estudos pestalozzianos na Europa,
conforme já demonstrei em INCONTRI, Dora. Pestalozzi,
Educação e Ética. São Paulo, Scipione, 1996, nunca pararam no século XX,
redescobrindo-se a cada instante a profundidade de seu pensamento. Mesmo assim,
essa pesquisa fica adstrita aos meios educacionais (e no Brasil, nem a esses
meios) e não chega a interessar os filósofos que se fazem escutar como
porta-vozes da contemporaneidade.
[3] Sabe-se que à simples enunciação da palavra religião levantam-se
múltiplas polêmicas. A primeira delas é: qual religião? Quando Comenius se
referia à revelação divina, queria se referir apenas ao cristianismo? Então,
como incorporar como fonte do conhecimento humano um ponto de vista específico,
condicionado a uma determida cultura? Essa questão pode render uma tese. Mas só
para clarear um pouco o problema, pode-se dizer que hoje se reconhece que a
própria ciência tem seus condicionamentos culturais e nem por isso propomos
desprezar-lhe os préstimos para conhecer o mundo (apesar de todo relativismo de
que ela é alvo). Quando Comenius fazia essa assertiva, porém, embora fosse
cristão, fazia-o, a nosso ver (e se não o fazia, podemos fazer nós), de um
ponto de vista inter-religioso. Ou seja, não será possível encontrarmos um
domínio do religioso, onde as religiões se encontrem e desse domínio comum,
estabelecer um diálogo com as outras áreas do conhecimento? Por exemplo, o
simples reconhecimento de uma dimensão espiritual do ser humano – coisa comum a
todas as religiões – seria um bom início.
[4] Mais tarde, Rivail se tornaria Allan Kardec, o fundador do espiritismo
e tentaria justamente realizar uma proposta epistemológica, que chamei de
“paradigma do espírito”. Ver INCONTRI, Dora. Pegadogia espírita, um projeto brasileiro e suas raízes
histórico-filosóficas. Tese de doutorado. São Paulo, FEUSP, 2001.
(¹) (Publicado
in Revista Internacional d'Humanitats. Barcelona, São Paulo: USP/ Univ.
Autònoma de Barcelona, V.6, 2003 - http://www.hottopos.com/rih6/index.htm)
(*) Jornalista, educadora e escritora. Suas
áreas de atuação são Educação, Filosofia, Espiritualidade, Artes, Espiritismo.
Tem mestrado, doutorado e pós-doutorado em Filosofia da Educação pela USP. É
sócia-diretora da Editora Comenius e coordenadora geral da Associação
Brasileira de Pedagogia Espírita. Coordenadora geral da Universidade Livre
Pampédia.
A professora sempre com uma crítica eficiente e inteligente. Dori devassa os domínios da desolação do pensamento contemporâneo da educação que simplesmente desautoriza o ser a ver-se integral e integrado, senão algo a reboque da própria destinação. Pena professora que se fôssemos fazer essa mesma análise dirigida ao campo da Medicina as conclusões seriam também desoladoras, pois tecnologia exacerbada e a mercantilização movida pelos lucros estratosféricos da indústria farmacêutica realizam todos os dias o sepultamento ideológico de Hipócrates...sob os aplausos da GALERA de jaleco. Roberto Caldas
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