A
escalada da tecnologia é algo que jamais pode nem deve ser detida. É uma
conquista do pensamento humano e sinal inequívoco da evolução da inteligência
proporcionada pela espiral das encarnações e as transmigrações de Espíritos
entre os mundos solidários (Evg 2do o Esp cap. 03, item 05), fatores que elevam
a capacidade de observação e refina a condição de gerar soluções diante dos
problemas enfrentados. A sucessão de renascimentos dos habitantes autóctones,
aliado a movimentação universal patrocinada pelos deslocamentos de indivíduos
que vêm de outros mundos, gera avanços na captação de conhecimentos que fazem aumentar
a condição evolucionai de um planeta, nesse caso a Terra.
A
espécie humana desponta, entre todas as outras, como a única com a
possibilidade de modificar conscientemente o ambiente em que sobrevive, apesar
do contributo importante, em nível inconsciente das demais espécies, pois tais
espécies contribuem para a transformação em prazo multi milenar enquanto os
homens apresentam soluções que em poucas gerações surtem efeitos em forma de
mudanças extraordinariamente palpáveis. Haja vista que todas as predições que
são projetadas no início de cada novo século se mostram completamente defasadas
ao final deste.
A
evolução, no entanto para efetivar-se no cenário do verdadeiro desgarrar da
inferioridade requisita muito mais que a amplificação das ferramentas
tecnológicas que as possibilidades intelectivas dispõem a serviço do
atendimento das necessidades do próximo. Necessária que a compreensão ética
intermedeie os avanços científicos, a fim de conter a debandada de nossa
consciência inferior na utilização dos nobres valores da ciência em prol da
humanidade. Infelizmente o que vemos acontecer é uma coleção de decisões
voltadas para a mercantilização dos resultados de pesquisas com a adoção de
medidas que desviam do seu real objetivo que é a manutenção da vida e a sua
qualidade.
A conquista da genética nos envia para um viés de eugenia, com a finalidade de permitir apenas o nascimento de seres plenamente saudáveis e a sua aplicação na agricultura só repercute para aumentar os lucros em detrimento à desfiguração dos alimentos pela introdução dos transgênicos e com eles o lucro crescente. A cirurgia que evita a mortalidade de mães diante do parto que exija a intervenção se transformou nas mãos dos profissionais da saúde em meio de maior remuneração com menor tempo de dedicação. A internet sofre assalto constante de mentes doentes que se jogam contra os valores da sociedade e o direito legítimo de propriedade.
Somos deuses? Sim. Podemos transformar os recursos naturais na eternidade daquele mitológico sétimo dia que sucedeu àqueles em que Deus expandiu a Natureza e nos incluiu dentro dela. Sendo deuses, não somos Deus. Representamos pelo vértice da evolução a destinação divina da semelhança. Pela base da evolução ainda estamos enraizados na imperfeição dos propósitos que nos movem... ainda animais.
Podemos sim nos próximos séculos temperar a Ciência que nos leva ao progresso à ética que haverá de nos obrigar à sentença de Jesus (Mateus VII; 12): “façam aos outros o que querem que eles lhes façam”.
¹ editorial do programa Antena Espírita de
15.05.2016
(*) escritor espírita, editorialista do
programa Antena Espírita e voluntário do C.E. Grão de Mostarda.
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