Como compreender a violência
e a intolerância vigente no mundo? Estamos estupefatos com a forma que a vida
humana está sofrendo ultrajes cotidianos sem que se saiba como transpassar a
metade desse túnel escuro à procura de uma saída. Lógico que as evidências
apontam para o que há de mais explícito aos olhos: a Imperfeição nossa de cada
dia. Analisemos, porém que a imensa maioria da população do planeta se encontra
refém desse processo. Os graves incidentes não ocorrem pela iniciativa atual da
massa de pessoas. Essa massa, certamente também responsável do ponto de vista
pregresso, senão estaria em outro planeta isento de tais tragédias, suplica
atualmente por uma nova direção e é pacífica.
As facções que guerreiam de forma
sanguinária ocupam duas extremidades. Uma percebida porque exibe a
agressividade manifesta: trafica, rouba, assassina pessoas, é fanática, empunha
armas, afronta a sociedade, demonstra todo o nível de intolerância que faz o
mundo se transformar num colchão de pólvora. A outra extremidade, certamente a
que segura o controle remoto do que acontece do outro lado, passa despercebida
como tal: usurpa a propriedade, ocupa os cargos de poder, detém a riqueza do
mundo, alimenta a guerra para enriquecer, monopoliza as reservas de petróleo,
vende armas para alimentar as guerras que diz querer combater, utiliza uma
máscara de honestidade sobre a face da ambição. Entre as duas, toda a
humanidade.
Fundamental que entendamos, nós que
fazemos parte do recheio desse sanduíche de graves problemas, os extremistas se
posicionam de forma que parece que os responsáveis pela desigualdade social e
pela pobreza do mundo, por andarem de paletó e gravata e freqüentarem os salões
das embaixadas e congressos se encontram isentos das responsabilidades que lhes
cabem, pois os danos aparentes e cruéis acabam surgindo aos olhos pelas mãos
dos intolerantes, fanáticos e agressores que ceifam as vidas em ataques
covardes contra a população que apenas busca viver pacificamente. Ambos são
igualmente culpáveis pelo que acontece no mundo. De um lado a imposição das
políticas usurpadoras e do outro a anteposição dos desvalidos e truculentos.
No fim, tudo se baseia na
necessidade de evolução para que essas escuras brumas desapareçam da Terra.
Nenhuma outra saída, senão a Reencarnação e a Transmigração entre os mundos
para sanear o nosso ambiente espiritual e as práticas sociais. Certamente
aqueles que roubam os sonhos e os que respondem com atitude homicida haverão de
voltar muitas vezes, à Terra ou em outro mundo para a retificação
necessária. Observemos o que dizem os
Espíritos nas questões 124 e 125 em O Livro dos Espíritos “Havendo Espíritos
que, desde o princípio, seguem o caminho do bem absoluto, e outros, o do mal
absoluto, haverá gradações, sem dúvida, entre esses dois extremos? — Sim, por
certo, e constituem a grande maioria”. “Os Espíritos que seguiram o caminho do
mal poderão chegar ao mesmo grau de superioridade que os outros?” Sim, mas as
eternidades serão mais longas para eles”.
Todos que fazemos parte do grupo
intermediário e sofremos as duas agressões precisamos utilizar a nossa atitude
de pacificação ampla e irrestrita e em nos faltando maiores poderes utilizemos
a oração como forma de colaboração com a recuperação do planeta. Os dois grupos
de extremistas merecem a nossa piedade, porque são cegos e não conseguem
enxergar o bem comum.
¹ editorial do programa
Antena Espírita de 17.07.2016
Roberto, bastante oportuno esse editorial, todos nós, não estamos sem culpa, basta não fazermos a nossa parte deixando de enviar nossas vibrações pela paz e pela a humanidade trevosa, basta não contribuirmos com as nossas preces pela paz no planeta.Parabéns pelo texto!
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