–
Oro muito. Passo horas falando com Deus...
– Horas?
– Sim, seguindo orientação de um
amigo que entende do assunto, pronuncio duzentas vezes, diariamente, o Pai
Nosso.
– E não se perde nas contas?
– Há um método especial para
controlar.
– Não é muito?
– A gente acostuma.
– E quais os benefícios que procura
na oração?
– Saúde, paz, bem-estar para mim e
minha família…
– Tem obtido resultados?
– Não tanto quanto desejava. Mas
assim consigo conviver com meus males e problemas.
– Não seria melhor aprender a
superá-los?
– Tenho tentado com a oração, mas é
difícil.
– Talvez seja porque você não está
realmente orando. Apenas reza, repetindo palavras.
– Não entendo. Não foi Jesus quem
nos ensinou?
– Sim, mas o objetivo não foi dar
uma fórmula mágica, cujo valor esteja na repetição. Jesus demonstra, no Pai
Nosso, o que é orar, isto é, quais os sentimentos que devemos mobilizar quando
nos dirigimos a Deus.
– Mas enquanto repito a oração não
estou me ligando a Deus?
– São os sentimentos, não as
palavras, que nos ligam a Deus. Em vez de repetir duzentas vezes, diariamente,
o Pai Nosso, experimente fazê-lo apenas uma vez, lentamente. Detenha-se em cada
frase. Faça um exame de consciência em função dela.
– Isso é reflexão…
– Exatamente o que a oração deve
ser, um mergulho dentro de nós mesmos para ouvir o que Deus tem a nos dizer.
– E dá para ouvir Deus?
– Experimente. Reflita, já em
princípio, sobre a grande notícia que há no início da oração ensinada por
Jesus.
– Deus é nosso pai…
– Exatamente. Um pai justo e
misericordioso que trabalha incessantemente pela nossa felicidade. O Senhor
espera apenas que o procuremos na intimidade de nossos corações para nos
agraciar com suas bênçãos.
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