Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, para
explicar o que de fato o motivou à publicação do livro, que trata da Doutrina
Espírita, e até refutar algumas possíveis críticas, faz uma introdução bastante
extensa, que ocupa mais de quarenta (40) páginas, mas que valem a pena a sua
leitura.
Em seguida à introdução, ele publica uma
página a que ele denominou de “Prolegômenos”. Consultando a enciclopédia livre,
Wikipédia, na internet, ficamos sabendo que essa palavra tem sido usada como
introdução a um estudo particular de qualquer ciência, uma espécie de estudo
preparatório para que se possa compreender melhor o assunto numa exploração
posterior.
Essa parte, “Prolegômenos”, de O Livro dos
Espíritos, ocupa quase quatro páginas, em que Kardec ocupa duas páginas, com
transcrições, utilizando aspas e, ao final, cita vários Espíritos, os quais
fazemos questão de transcrever os nomes: São João Evangelista, Santo Agostinho,
São Vicente de Paulo, São Luís, O Espírito de Verdade, Sócrates, Platão,
Fénelon, Franklin, Swedenborg, etc, etc.
Ainda nos valendo da Wikipédia, Et cetera
(também et cætera), de forma reduzida etc., é a expressão de origem latina que
significa "e os restantes" ou "e outras coisas mais". É
normalmente utilizada no fim de uma frase para representar a continuação lógica
de uma série ou enumeração.
No caso que estamos comentando, inserta em “O
Livro dos Espíritos”, Kardec se utilizou de uma forma não usual desse termo, Et
cetera, posto que ele repetiu a expressão, o que nos levou a indagar: por que
ele repetiu um termo que já significa um plural de coisas ou fatos?
Na época em que isso nos ocorreu, ainda
existia um serviço mantido pelo Município de Fortaleza denominado “Plantão
Gramatical” no qual, através de consultas telefônicas, professores respondiam
às indagações dos ouvintes, mormente estudantes, sobre o uso da língua
portuguesa.
Fiz a ligação, e quando a pessoa do outro
lado da linha atendeu, após as apresentações de praxe fiz a indagação sobre a
minha dúvida: O que levaria um autor a repetir uma expressão que já significa
um plural? Ao que obtive como resposta que, talvez, o autor quisesse enfatizar
que se tratava de muitos outros, e que ele não queria se tornar redundante
citando todos!
O leitor deve se perguntar: Por que estamos
abordando esse tema agora, depois de tantos anos a que nos dedicamos ao
conhecimento dessa Doutrina, que tanto bem tem feito àqueles que a estudam e,
principalmente, aos que a colocam em prática?
A razão é simples, ao longo de mais de
quarenta anos que frequentamos instituições espíritas, que dedicamos uma parte
do nosso tempo disponível, em estudar, principalmente “O Livro dos Espíritos”,
temos observado que a maioria das pessoas, começa a ler ou a estudar “O Livro
dos Espíritos” a partir da questão Nº 01 e, parando, quando muito, na questão
nº 1019!
No início de O Livro dos Espíritos, e ao
longo de mais de quarenta páginas, Kardec detalha em cerca de XVII tópicos, o
que ele chamou de “Introdução Ao Estudo da Doutrina Espírita”, significando
que, caso não se faça pelo menos uma leitura razoável dessa introdução, ficará muito
difícil compreender o conteúdo das 1019 perguntas e respostas, divididas em
quatro partes e, ao final, a conclusão.
Ora, se a pessoa não lê a introdução, quanto
mais dedicar tempo à leitura da conclusão, o que faz com que o leitor conheça
apenas superficialmente esse livro basilar da Doutrina Espírita!
Como se vê, quem deseja conhecer o
Espiritismo deve, pelo menos, ler O Livros dos Espíritos e, para aplicar o seu
conteúdo deve estudá-lo permanentemente porque, se hoje entende uma questão de
uma maneira, posteriormente, em nova leitura, vai percebê-la sobre um prisma
bem mais aprofundado.
Nossa Conclusão: Precisamos estudar O Livro
dos Espíritos!
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