Diante do Natal que se aproxima, impossível
deixarmos de buscar a figura de Jesus em nossos pensamentos na qualidade de
maior dos profetas que pisou a Terra para trazer ensinamentos que se
perpetuariam até os dias atuais. Dotado de uma condição espiritual ímpar para a
humanidade terrestre, a sua presença permanece impregnada no planeta conforme
Ele mesmo predissera ao considerar que céus e terra passariam, mas não as suas
palavras.
Dotado de uma condição completamente humana,
sem qualquer diferença do seu corpo em relação aos organismos de quem quer que
fosse. Nascido de homem e mulher, tal qual sucede em todos os nascimentos, o
grande diferencial de Jesus foi a sua capacidade de ensinar pelo exemplo. Mais:
o seu diferencial era conhecer o caminho. Apenas os que conhecem o caminho, e
só se conhece o caminho quem o caminhou, é que podem ensiná-lo. Daí a sua
paciência e compreensão com as dificuldades que encontrava para plantar as suas
sementes. Por saber de todos os impedimentos gerados pelas imperfeições que
permeavam o nível de evolução dos habitantes do planeta, Ele o Espírito que
havia presidido a formação da Terra apenas dava o exemplo de renovação, sem
condenações ou críticas.
Allan Kardec ao analisar a Natureza Superior
de Jesus em A Gênese não deixa dúvidas quanto a sua absoluta condição
indiscutivelmente diferenciada ao afirmar: “Sua alma, provavelmente, não se
achava presa ao corpo, senão pelos laços estritamente indispensáveis.
Constantemente desprendida, ela decerto lhe dava dupla vista, não só
permanente, como de excepcional penetração e superior de muito à que de
ordinário possuem os homens comuns”. O Codificador com essas palavras nos
queria informar que o corpo comum de Jesus guardava um ser espiritual incomum,
que conseguia vibrar acima da sua natureza corporal fazendo acontecerem os
fatos que notabilizaram a sua existência e que só não foram maiores em
expressão do que a mensagem imorredoura que deixou gravada para a posteridade.
Nós espíritas, quando lembrarmos o Natal,
precisamos nos lembrar da mensagem de Jesus. Essa mensagem é a porta do
reencontro necessário com a nossa natureza espiritual. De outra forma o Natal
apenas seria uma data convencionada sem qualquer importância, pois sabemos que
o nascimento do Cristo não se deu nessa época, segundo a história. O natal, no
entanto é como se fôssemos celebrar o Dia Mundial de Jesus. E esse é um dia de
fazermos festa, encontrarmos com a família e os amigos, sorrirmos de montão,
cantarmos e dançarmos, tudo em homenagem aquele que é o grande ícone da
libertação de nossas almas.
Desejamos que esse Natal especificamente se
tornasse aquela data em que os nossos corações finalmente se alinhem com o
sentimento amoroso de Jesus e as nossas mentes se abram ao clarão iluminador da
mente do Mestre dos mestres. Finalmente alinhada a mente e o coração com Jesus
pudéssemos fazer de nossas vidas um espaço para que Ele pudesse estar presente
todos os dias no mundo. Feliz Natal.
¹ editorial do programa Antena Espírita de 18.12.2016.
Nenhum comentário:
Postar um comentário