Medições precisas demonstram que a Terra tem
perto de quatro bilhões e quinhentos milhões de anos. Imaginemos a história de
nosso planeta contada num livro de quinhentas páginas. O ser humano surgiria na
derradeira linha da última página. A última letra da palavra final conteria
toda a Civilização Ocidental.
Segundo
Darwin, a evolução dos seres vivos se processa por seleção natural. Indivíduos
de uma mesma espécie conseguem adaptar-se a determinada situação, a partir de
sutis modificações em sua estrutura, dando origem a mutações que resultam em
novas espécies. Processo lento. Demanda milhões de anos.
A
Doutrina Espírita admite a seleção natural, mas com reparo fundamental: Nada é
aleatório. Há um planejamento feito por Espíritos Superiores, prepostos
divinos.
Nosso
corpo físico, que causa espanto aos cientistas por sua perfeição, levou milhões
de anos para ser aprimorado pelos técnicos espirituais, que trabalham na
intimidade das células, direcionando as mutações. Tudo isso implica em
organização, marcada por uma hierarquia.
No topo a figura extraordinária de Jesus, que
segundo informa Emmanuel, no livro A Caminho da Luz, psicografia de Francisco
Cândido Xavier, não foi simplesmente o fundador de uma religião. Muito mais que
isso – é nosso governador!
Alunos
do educandário terrestre, temos recebido a visita de muitos professores, cultos
e sensíveis, que periodicamente nos trazem algo de seus conhecimentos, de suas
virtudes. Sócrates, Platão, Aristóteles, Confúcio, Buda, Lao-tsé, Moisés,
Isaías e Francisco de Assis, são alguns deles.
E
houve a revelação maior, tão grandiosa, tão transcendente, que o próprio
governador decidiu trazê-la pessoalmente. Foi assim que Jesus aportou no
planeta com a divina revelação do Amor.
A
palavra amor, embora empregada e decantada hoje mais do que nunca, está repleta
de conotações infelizes que a desgastam.
Muitos
confundem amor com sexo, ignorando a lição elementar de que o sexo é apenas
parte do amor e não a mais importante.
Há
os que fazem do amor um exercício de exclusivismo, sufocando o ser amado com
exigências descabidas.
Há
os que amam como quem aprecia um doce. Gostam dele porque satisfaz o paladar…
Assim, cansam-se logo de amar, porque estão saciados ou empolgados por novos
sabores.
Há
os que fazem do amor um exercício de egoísmo a dois, pretendendo construir um céu
particular. Dane-se o resto.
O
amor é muito mais que isso! Em sua grandeza essencial, o amor é um exercício de
fraternidade e solidariedade entre os homens, inspirando a derrubada das
barreiras de nacionalidade, raça e crença, para que sejamos na Terra uma grande
família.
Foi
para nos transmitir essa revelação gloriosa, esse tipo de amor, que Jesus
esteve entre nós, não desdenhando lutas e sacrifícios.
Na
questão 625, de O Livro dos Espíritos,
Kardec pergunta:
Qual o modelo supremo que Deus ofereceu ao
Homem para lhe servir de guia e modelo?
Responde
o mentor espiritual que o assiste: Jesus.
E
comenta o codificador: Para o homem,
Jesus constitui o tipo da perfeição moral a que a Humanidade pode aspirar na
Terra. Deus nô-lo oferece como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou
é expressão mais pura da Lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de
quantos têm aparecido na Terra, o Espirito divino o animava.
Adeptos
de qualquer doutrina religiosa vinculada ao Cristianismo, abençoados os que aceitam
Jesus por Mestre, que colocam em prática as suas lições e observam seus
exemplos.
Estes
vivem sempre bem, felizes, e animados, mesmo em meio às dores e atribulações
humanas, porque, como diz Carmem Cinira, psicografia de Francisco Cândido
Xavier (Parnaso de Além-Túmulo):
… com o mundo uma flor tem mil espinhos,
Mas com Jesus, um espinho tem mil
flores.
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