Nosso corpo é dotado de sentidos naturais ou
materiais, que possibilitam a sua integração com o mundo exterior. Assim é que
visualizamos os seres e objetos em suas formas e dimensões, distinguimos e
classificamos os mais diversos sons, percebemos e reconhecemos a maior ou menor
intensidade dos odores, identificamos e julgamos os sabores e contatamos pelo
toque os objetos e os seres, podendo dimensioná-los e distinguir formas.
Esses efeitos são produzidos pelas sensações
enviadas ao cérebro, pelos órgãos da visão, da audição, do olfato, do paladar e
do tato, através de uma rede de neurônios, que fazem parte do sistema nervoso.
A visão interpreta a imagem, a audição capta as ondas sonoras, o olfato capta
os odores do meio externo, o paladar permite sentir os sabores através das
papilas gustativas e o tato permite o contato com a pele, onde especiais
neurônios subcutâneos o recebem. E essas sensações são enviadas ao cérebro, que
faz a devida interpretação, em benefício do corpo, sua defesa e
desenvolvimento.
Quando nos referimos a corpo e sentidos,
falamos da absoluta maioria dos seres vivos sobre a Terra, já que raros são os
desprovidos de algum ou alguns desses órgãos. Concomitantemente, não há
duvidar-se de sensações e efeitos semelhantes nos próprios vegetais, ante a
produção de certos fenômenos especiais, como o giro da flor do girassol à luz
do sol e a murchação da maliça quando tocada, por exemplo, e esmaece ou perde o
viço.
Feitas essas considerações introdutórias a
respeito dos sentidos cientificamente reconhecidos nos seres vivos, analisemos
a percepção, como a ação do cérebro para interpretar as variadas reações dos
referidos órgãos. Ela não goza, mesmo no homem, do reconhecimento da ciência,
como um sexto sentido, embora abstratamente compreendida e aceita como tal,
notadamente pelos que creem na transcendência do ser pensante.
De acordo com o dicionarista, a percepção,
como substantivo feminino originário do latim perceptione, descreve o ato, efeito ou capacidade de perceber
alguma coisa e que existem vários tipos:
Percepção
visual, como a interpretação de certos estímulos visuais, pela
informação recebida através dos olhos;
Percepção
social, que consiste na capacidade de ver e interpretar o
comportamento do outro, o que é essencial para a interação social;
Percepção
musical, como a capacidade de o indivíduo reconhecer e ter a
percepção do som, ritmo e melodia. Esta pode incluir a identificação de
acordes, de intervalos, solfejos, etc. Entendem, ainda, que além disto, existem
tipos de percepção que estão relacionadas com os outros sentidos, como a
percepção auditiva (sinais sonoros), a percepção tátil (relativa ao tato), a
percepção olfativa (correspondente ao olfato) e a percepção gustativa
(relacionada ao paladar).
De princípio sensorial, pois relativa aos
sentidos materiais ou sensórios, pode a percepção apresentar-se
extrassensorialmente.
A
Wikipédia, autodenominada enciclopédia livre, preconiza que “percepção é, em
psicologia, neurociência e ciências cognitivas, a função cerebral que atribui
significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências
passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas
impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na
aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos
sentidos. A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente
biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos
estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo,
a percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos
que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos”.
Pela
mesma enciclopédia, vê-se que “percepção extrassensorial (PES), também chamada
Psi-Gamma (PG), em parapsicologia, é a suposta habilidade de certos indivíduos,
chamados "sensitivos" ou "psíquicos", para perceber
fenômenos e objetos independentemente de seus órgãos sensoriais. O termo foi
cunhado por Joseph Banks Rhine”.
“Objeto
de estudo da pseudociência da parapsicologia, o consenso científico atual não
suporta as alegações deste e de outros supostos fenômenos paranormais”.
“Para
fins de estudo e pesquisa, as percepções extrassensoriais tem sido divididas
nas seguintes categorias gerais:
Clarividência
- Conhecimento de evento, ser ou objeto, sem a utilização de quaisquer canais
sensoriais conhecidos.
Telepatia
- A consciência dos pensamentos de outro ser, sem utilização de canais sensoriais
conhecidos.
Precognição
- Conhecimento sobre um futuro evento, ser ou objeto.
Simulcognição
- A Simulcognição é o conhecimento da realidade presente.
Radiestesia
- Radiestesia ou radioestesia é uma hipotética sensibilidade a determinadas
radiações, como energias emitidas por seres vivos e elementos da natureza.
Psicometria
(parapsicologia) - Capacidade de ler impressões e recordações pelo contato com
objetos.
Retrocognição
- Fenômeno parapsíquico espontâneo ou induzido no qual o indivíduo lembraria espontaneamente
de lugares, fatos ou pessoas relativos a experiências passadas, sejam elas
vidas ou períodos entre vidas”.
No
âmbito da percepção extrassensorial (PES), negada por muitos, enquadram-se os
chamados médiuns (“os sensitivos”),
assim definidos na obra correspondente da Codificação Espírita, de Allan
Kardec: “Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos
é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui,
portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que
dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou
menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a
faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos
patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou
menos sensitiva. É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela,
da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial
para os fenômenos desta ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas
variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos
médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos
audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos
pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos”.
Conclui-se, diante do exposto e de evidências
outras, que temos todos a capacidade de perceber, sem a participação direta dos
sentidos cientificamente reconhecidos ou sensórios, mas extrassensorialmente,
porquanto indistintamente possuímos sensibilidades especiais, constatadas em
sensações momentâneas com que somos vez por outra surpreendidos ou episódios
outros, como o “déjà vu”, ou seja, a visão de algo ou algum lugar que lhe
parece familiar, sem falar das estranhas sensações que por vezes experimentamos
quando semidespertos e que nos parecem reais.
Daí questionar: não será a percepção um sexto
sentido ?.
Sites
Consultados:
https://www.significados.com.br/percepcao/
http://www.dicionarioinformal.com.br/percep%C3%A7%C3%A3o/
http://www.suapesquisa.com/pesquisa/cinco_sentidos.htm
https://www.google.com.br/webhp?sourceid=chrome-instant&ion=1&espv=2&ie=UTF-8#q=muxar+
https://pt.wikipedia.org/wiki/Percep%C3%A7%C3%A3o
http://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/136.pdf
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