Estava aqui pensando sobre o abjeto
mercantilismo da mensagem espírita. Já fizemos muitas preces direcionadas aos
confrades “vendilhões” e os equivocados oradores plagiadores. No Brasil há um
portal na WEB que não se oprime ao comercializar Cd’s e Dvd” s contendo as
palestras de orador ilustre. Pessoalmente (via e-mail) já arguimos a equipe do
célebre orador e d’outros confrades, em particular e até os repreendemos
através de testemunhas e pela imprensa, seguindo rigorosamente o que recomendou
Jesus.
Contudo, nada prosperou, pois não nos
escutaram. Infelizmente, ainda hoje vemos a corretagem de vídeos de palestras
espíritas pelo “You Tube”. Isso sem falar naqueles outros palestrantes
“espíritas” que estão surgindo cá e acolá, plagiando o tribuno Divaldo Franco.
Às vezes, copiam e proferem o roteiro das palestras do tribuno baiano, imitando
o seu estilo pessoal, seja na impostação e timbre da fala, seja no gesto das
mãos etc., etc., etc.…
Certa vez, um confrade explanou para mim a
respeito das peripécias de um “famoso” orador que fora convidado para falar no
Centro em que ele dirige.
Confidenciou-me que o tal palestrante escalado, plagiava, grotescamente,
com gestos cômicos, modos de expressão verbal e trechos decorados das
conferências do Divaldo Franco, inclusive (pasme!!) “Incorporando” “Bezerra”
(!) após a palestra (!?).
Segredou-me, ainda, que outro orador
“espírita” convidado por ele, utilizou equipamentos de filmagem para edição e
autoprodução de DVDs e CDs (para venda) como prática de incontida e
peculiaríssima AUTOPROMOÇÃO, achando que está divulgando a Doutrina dos
Espíritos. Ainda sobre esse último orador, outro dirigente disse-me que certo
dia ao final da palestra, foi exigido, com gracejos inadmissíveis, os aplausos
do público, dizendo que na terrinha onde ele (orador) nasceu era comum o púbico
aplaudir as suas palestras.
Vamos raciocinar um pouco (não historiaremos
sobre o portal que mercadeja as palestras do orador afamado).
Fixarei no orador “espírita” que plagia e
imita o Divaldo. Este não tem o menor senso de ridículo, pois, apodera-se de
temas e da identidade alheia, sem o menor escrúpulo, e essa é uma atitude
obsessiva e/ou psicopatológica, porque lhe é auto plasmada. Ao imitar o
Divaldo, esquece-se de que tal atitude não passa de uma dissimulação.
Como se não bastassem as momices, os
peculiares e grotescos fatos é comum alguns “famosos” oradores, sob o manto da
falsa humildade, oferecerem-se para proferir palestras em todas as instituições
espíritas. Fazem autopropaganda, entram em contato (via celular, WhatsApp,
facebook, e mail etc. etc. etc.) com os
que coordenam as escalas e se dispõem, “modestamente”, a serem designados para
“palestrar” nos Centros Espíritas.
Aos burlescos palestrantes, candidatos ao
estrelismo no movimento espírita, urge adverti-los para não se enceguecerem
ante os holofotes e aplausos dos filhos da ignorância doutrinária. Palestra não
é show de teatro. Não podemos incorporar as caricatas charges de missionários
para divulgarmos o Espiritismo. O expositor espírita não é um profissional da
fé, que precisa dramatizar, ou usar recursos de imitação do Divaldo, para
angariar fiéis. Sua tarefa é informar de forma simples, nobre e coerente sobre
o Espiritismo.
A transmissão da palestra espírita é coisa
sublime, pessoal, inimitável. Destarte, temos a obrigação de jamais plagiar
quem quer que seja, sobretudo, os oradores que dão “Ibope”, que superlotam os
centros de convenções. Em face disso, creio que todo dirigente tem o dever de
advertir os palestrantes imitadores, porque é um despropósito a clonagem do
Divaldo.
É importante sermos o que somos, modestos,
sem exageros, lembrando que uma palestra num Centro Espírita é mais uma
conversa do que um discurso laudatório ou uma conferência bombástica. Urge
recorrermos a linguagem simples e de bom gosto, lembrando que estamos, ali, a
serviço do Cristo para explicar e fazer o público entender a mensagem do
Espiritismo, não para exibir cultura e muito menos autopromoção.
Sobre este alerta, quem se encaixar nele,
deve acolher, com deferência, humildade e sem melindres, toda advertência,
procurando avaliar, cuidadosamente, o seu trabalho e, assim, melhorar, cada vez
mais, a “tarefa” que lhe cabe (eu disse “serviço” e não “missão”).
Outra coisa, o orador não deve abusar das anedotas
e ou narrar casos chistosos, a fim de provocar gargalhadas do público para
angariar um fã clube. Não pode usar a tribuna como se fosse um palco de teatro
para humoristas. Se o orador tem o dom de fazer humorismos que procure o
teatro, a emissora de TV, o rádio, o cinema e exerça a digna arte de ator. É
muito mais honesto.
Sem querer ser “santo”, mas, alguém,
sinceramente, empenhado em edificar-se moralmente, o orador, a cada dia, deve
lembrar, sempre, que, para o público ouvinte, ele representa o Espiritismo e o
Movimento Espírita. Ademais, o orador despretensioso é uma peça importante na
propaganda e na Difusão do Espiritismo. Por isso, a “tarefa” deve ser encarada
com extrema responsabilidade e praticada com esmerada bagagem moral e cultural,
sem prejuízo da indispensável coerência.
Não se pode esquecer que quando alguém se
propõe a ouvir um orador Espírita, o faz no pressuposto de que ele sabe o que
está falando e lhe oferece, silenciosamente, um voto de credibilidade, capaz de
mudar, metodicamente, ideias ou conceitos errôneos que nele estavam arraigados,
podendo transformar, até mesmo, toda uma trajetória de vida!
Pensemos nisso, o quanto antes, pois além da
tumba não há tempo disponível para dissimulações.
Corroboro à abordagem do confrade Jorge Hessen. Na realidade, muitos incorporam um |"missionarismo acústico" como se não fosse uma individualidade, como afirma o Espiritismo. Não há a necessidade de plagiarmos outrem para divulgarmos a Doutrina Espírita. Não há um "perfil divino". Fantástica abordagem.
ResponderExcluirConcordo com tudo, exceto com a omissão dos nomes dos farsantes. O texto acaba sendo vazio em sua finalidade. De que adianta levantar uma bandeira se está com medo do vento? Lembremos como deve ser a nossa postura nesses casos:
ResponderExcluirESE, cap. X, item 21: Haverá casos em que seja útil revelar o mal de outra pessoa?
— (...) Se as imperfeições de uma pessoa só prejudicam a ela mesma, jamais haverá utilidade em fazer com que outros as conheçam, mas se elas podem prejudicar a outras pessoas, é preferível o interesse de um grande número de pessoas ao interesse de apenas uma. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira pode ser UM DEVER, porquanto é preferível que um homem caia, a que vários sejam enganados e se tornem suas vítimas. (São Luís)
Um que acho terrível é o Nazareno Feitosa, ele simplesmente repete todas as falas do Divaldo e os trejeitos. É um ator.
Proponho uma campanha: FORA AOS PLAGIADORES DO DIVALDO (os centros espíritas estão se tornando uma ridícula e monótona repetição de covers divaldinos). O original ainda está encarnado entre nós e diante de QUALQUER CÓPIA, nada mais consolador que escutar a própria fonte. Roberto Caldas
ResponderExcluirHaveria um meio termo? Vou bancar o conciliador. Gostei do artigo, dá honestidade, da verdade, da utilidade. Recomendo. No entanto, li uma obra sobre as Mensagens Co-piadas (jornalista Luciano dos Anjos), atribuidas a Divaldo, e mudei minha opinião. Divaldo sofreu com acusação injusta de plágio. Luciano mostra renomadas obras que surgiram em diferentes lugares, com pasmantes semelhanças, e não eram plágio intencional. Divaldo diz que "lia com ardor" a obra de Chico. Um homem como Divaldo não bancaria o ator. Mas foi avisado de tal. Então, há pessoas honestas que respeitam tanto o Divaldo que inconscientemente copiam. Acho que o artigo as fará mais vigilantes. Mas elas devem existir, pois conheço pessoas de bem que copiam um pouco. Aliás, o estilo oratório do Divaldo é o clássico, erudito, houve um tempo que muita gente se expressava como ele. Isso não diminui Divaldo. Ele será conhecido como alguém que fez estilo. Se há alguém mal intencionado, é outra questão. Em meu caso, esclareço: Não ocupo a tribuna espírita, só não posso é silenciar ante a verdade. Quanto a citar nomes, é honesto, mas será caridoso, indulgente? A indulgência é também uma virtude, como a verdade.
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