NASA descobre a "Mão de Deus" no espaço profundo |
Que é Deus? Deus é a
inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. LE Questão nº1.
A expressão que dá título a esse texto, e
outras expressões no mesmo sentido são muito comuns em noticiários de rádio,
jornais, televisão, em conversas entre as pessoas, e hoje, de maneira bastante
frequente, também na internet.
Será que não seria possível fazermos uma
análise menos fantasiosa dessas expressões? Por que a uns nada faltará, quando
a muitos outros falta, inclusive, o mínimo necessário?
Abstraiamos dessa visão antropomórfica da
Divindade, e perguntemos: Por que será que a uns tudo é garantido, quando a
outros nada ou quase nada lhes é assegurado?
Que fizeram uns para merecer tamanho
privilégio e aqueles outros o que deixaram de fazer para que nada lhes seja oferecido?
Será que são verdadeiras
tais expressões? Que juízo fazemos de Deus, a ponto de imaginarmos que Ele aja
com tanta generosidade para com uns e, até nos fazendo aceitar que seja justo, e
que a outros falte, inclusive, o mínimo necessário? Será esse o conceito verdadeiro
que temos de Justiça Divina, ou seja, de Deus?
Complementando a resposta
dada pelos Espíritos à Questão nº 13 de “O Livro dos Espíritos” com a
concordância dos Espíritos Superiores que presidiam aquela obra que viria a se
tornar a primeira a tratar de forma organizada da Doutrina Espírita, Allan
Kardec acrescenta o seguinte comentário sobre um dos atributos de Deus:
“É Soberanamente
Justo e Bom. A sabedoria providencial das leis divinas se revela assim nas mais
pequeninas coisas, como nas maiores, e essa sabedoria não permite se duvide nem
da justiça nem da bondade de Deus.”
Vemos assim, dois atributos
importantíssimos de Deus, quais sejam, a Justiça e a Bondade, portanto, não
podemos imaginar que alguns sejam escolhidos para brilhar, enquanto a outros
para amargar a escuridão e o sofrimento!
Carl Sagan, em seu livro
“COSMOS”, ao iniciar o capítulo III que trata da “Harmonia dos Mundos”, faz uma
citação do livro de Jó, que reproduziremos para ilustrar o que estamos
procurando dissertar:
“Conheces as leis dos
Céus? Poderás estabelecer as suas regras na Terra?”
Ora, qual o motivo de transcrevermos
essa citação? É notório que Carl Sagan era materialista, mas que também
reconhecia haver uma ordem no Universo que nenhuma inteligência humana seria
capaz de igualar.
A quem se atribuir essa
ordem? Ao acaso? Ou a algum mortal como nós, que habitamos um planeta que não é
o maior, nem o melhor dentre aqueles que gravitam no Universo?
Allan Kardec na questão 618
de O Livro dos Espíritos fez a seguinte pergunta aos Espíritos Superiores que
presidiam a Codificação:
Q. 618. São as
mesmas, para todos os mundos, as leis divinas?
R.: “A razão está a
dizer que devem ser apropriadas à natureza de cada mundo e adequadas ao grau de
progresso dos serem que os habitam.”
Adiante na questão 619 também
de O livro dos Espíritos Alan Kardec indaga aos Espíritos Superiores:
Q. 619. A todos os
homens facultou Deus os meios de conhecerem sua lei?
R.: “Todos podem
conhecê-la, mas nem todos a compreendem. Os homens de bem e os que se decidem a
investigá-la são os que melhor a compreendem. Todos, entretanto, a
compreenderão um dia, porquanto forçoso é que o progresso se efetue.”
Importante observarmos se a
Lei de Deus é de fácil acesso a todos os seres humanos ou se somente se
encontra disponível aos mais instruídos e argutos. Continuemos seguindo o mesmo
processo de investigação utilizado por Kardec para se esclarecer através do
ensino dos Espíritos, vejamos a pergunta que ele fez na questão 621 de O Livro
dos Espíritos:
Q. 621. Onde está escrita a lei de Deus?
R.: “ Na consciência.”
Ora, se a Lei Divina está
escrita na consciência de cada um de nós, significa que, toda vez que agirmos
em desacordo com tais leis, não precisa que alguém faça algum de tipo
representação criminal para que tenhamos consciência dessa transgressão, posto
que é a nossa própria consciência que nos dirá!
Seguindo a didática Divina
que inscreveu na consciência de cada um de nós, seres humanos, as suas Leis,
busquemos saber se, mesmo as Leis Divinas se encontrando inscritas na nossa
consciência, se há algum modelo que nos tenha sido enviado por Deus para que
possamos seguir, e com isso nos assegurar de estarmos agindo de acordo com as
suas Leis?
A Resposta dada pelos Espíritos Superiores se
encontra na questão 625 de O Livro dos Espíritos, formulada por Allan Kardec que
é a seguinte:
Q. 625. Qual o tipo mais perfeito que
Deus tem oferecido ao homem, para lhe servir de guia e modelo?
R.: “Jesus.”
Allan Kardec acrescenta, então, o seguinte
comentário a essa resposta:
“Para o homem, Jesus constitui o tipo da
perfeição moral a que a humanidade pode aspirar na Terra. Deus no-lo oferece
como o mais perfeito modelo e a doutrina que ensinou é a expressão mais pura da
lei do Senhor, porque, sendo ele o mais puro de quantos têm aparecido na Terra,
o Espírito Divino o animava.”
Como se vê, por todo o exposto acima, que a
expressão utilizada por nós como título desse texto, se bem analisada, não faz
o menor sentido, haja vista que “Deus é a
inteligência suprema e causa primária de todas as coisas,” conforme se
encontra na Pergunta Nº 01 de O Livro dos Espíritos, portanto, não tem mãos
como nós humanos, que ainda nos encontramos muito afastados da Sua Doutrina e
da Sua Justiça.
Amigo Castro, o chamamento do seu artigo é por demais oportuno. Realmente, como podemos definir a Justiça Divina diante de um universo de diversidades no mundo? Óbvio que somente pela reencarnação. Quando citas a Lei de Deus na Consciência - questão 621 de O L.E. eu gosto de filosofar pelo seguinte ângulo: como está a Consciência do Espírito encarnado mais próximo do ponto de partida? Ora, em todos os povos primitivos iremos ver a ideia das vidas sucessivas presente nesses povos, muito embora, não uniformemente, o que é compreensível. E a justiça? da mesma forma, embora rudimentar, mais com apelos de equilíbrio. Quando essa consciência entra em contato com o mundo, contagia-se com o egoísmo que trabalha as individualidades e vai se transformando, mas mantendo esses princípios ainda em germe. Muito bom!
ResponderExcluirMuito bom o seu comentário Jorge Luiz trazes um ângulo que amplia o entendimento do texto que escrevi! muito bom!!!
ResponderExcluirSe por analogia disséssemos que a lei de Deus é a grande malha de semáforos de uma metrópole. Daí como manobrista dessa malha Deus iria facultar a passagem pelo vermelho ou respeitaria a lógica Atente/Pare/Avance? Algumas pessoas IMAGINAM que Deus está a seu serviço e escuta as suass necessidade pessoais para atendê-las como um serviçal que cumpre ordens do seu senhor. Parabéns pela abordagem Francisco. Roberto Caldas
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