18 de abril de 1857 é uma data de grande
magnitude para cerca de quatro milhões de brasileiros: os seguidores do
espiritismo.
O Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), quando divulgou os resultados do censo de 2010, revelou que
dois por cento da nossa população afirmam-se espíritas, tendo havido um
crescimento de 65% em relação ao censo anterior. Porém, se forem computados os
simpatizantes, esse contingente se eleva para cerca de 40 milhões.
É que naquela data vinha a lume a primeira
edição de “O Livro dos Espíritos”, obra primeira e síntese da doutrina
espírita, que franqueava à humanidade uma nova era: a era do espírito.
A partir de então, passou-se a fazer uma
releitura dos ensinamentos milenares antevistos e desenvolvidos pelos grandes
pensadores e teólogos da história, sem a necessidade da utilização dos recursos
do místico e do sobrenatural.
“O Livro dos Espíritos” é obra para ser lida,
estudada e refletida, não apenas por espíritas, mas também por livres
pensadores e até por profitentes de outras religiões e filosofias.
A sua logicidade, coerência e apoio no
conhecimento humano (ciência, filosofia e religião) proporcionam mais dilatada
compreensão do tudo o que fora dilacerado pela ruptura entre a ciência e a
religião, dogmatizando-se como ilusório, impossível e absurdo nos castelos
sombrios da intolerância e do fanatismo.
Dividido em quatro partes (livros): I. Das
causas primárias; II. Do mundo espírita; III. Das leis morais; e IV. Das
esperanças e consolações, e estruturado na forma da filosofia clássica
(perguntas se respostas), analisa e discorre sobre as grandes questões
existenciais: da vida e da morte, da matéria e da consciência, das diferenças e
similitudes, da justiça e da injustiça, do amor e do ódio, da paz e da guerra,
dos significados e objetivos.
Obra para se ler sem açodamento, para se
degustar e se embevecer com o seu humanismo.
Não é sem motivos que atrai pessoas de todos os
perfis e classes, inclusive intelectuais e profissionais de nível superior
(médicos, advogados, engenheiros, professores, físicos, filósofos, jornalistas
etc).
Alívio para o cotidiano, pelas explicações que
fornece. Consolo para os aflitos, pela esperança viva que difunde. Revigorante
para o ânimo pelo futuro ponderável que vislumbra. Fomento à alegria, pela
justificativa para o enfrentamento das provas necessárias para o aprimoramento
humano e anímico...
São 160 anos semeando a paz, a concórdia, o
entendimento, a tolerância, o amor e a caridade a expensas da moral contida nos
evangelhos.
¹fonte: http://www.opovo.com.br/opinião
Muito bom, gostoso de ler, coerente, essencial.
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