terça-feira, 13 de junho de 2017

OBRA PRIMEIRA E SÍNTESE DA DOUTRINA ESPÍRITA¹





18 de abril de 1857 é uma data de grande magnitude para cerca de quatro milhões de brasileiros: os seguidores do espiritismo.


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quando divulgou os resultados do censo de 2010, revelou que dois por cento da nossa população afirmam-se espíritas, tendo havido um crescimento de 65% em relação ao censo anterior. Porém, se forem computados os simpatizantes, esse contingente se eleva para cerca de 40 milhões.

É que naquela data vinha a lume a primeira edição de “O Livro dos Espíritos”, obra primeira e síntese da doutrina espírita, que franqueava à humanidade uma nova era: a era do espírito.

A partir de então, passou-se a fazer uma releitura dos ensinamentos milenares antevistos e desenvolvidos pelos grandes pensadores e teólogos da história, sem a necessidade da utilização dos recursos do místico e do sobrenatural.

“O Livro dos Espíritos” é obra para ser lida, estudada e refletida, não apenas por espíritas, mas também por livres pensadores e até por profitentes de outras religiões e filosofias.

A sua logicidade, coerência e apoio no conhecimento humano (ciência, filosofia e religião) proporcionam mais dilatada compreensão do tudo o que fora dilacerado pela ruptura entre a ciência e a religião, dogmatizando-se como ilusório, impossível e absurdo nos castelos sombrios da intolerância e do fanatismo.

Dividido em quatro partes (livros): I. Das causas primárias; II. Do mundo espírita; III. Das leis morais; e IV. Das esperanças e consolações, e estruturado na forma da filosofia clássica (perguntas se respostas), analisa e discorre sobre as grandes questões existenciais: da vida e da morte, da matéria e da consciência, das diferenças e similitudes, da justiça e da injustiça, do amor e do ódio, da paz e da guerra, dos significados e objetivos.

Obra para se ler sem açodamento, para se degustar e se embevecer com o seu humanismo.

Não é sem motivos que atrai pessoas de todos os perfis e classes, inclusive intelectuais e profissionais de nível superior (médicos, advogados, engenheiros, professores, físicos, filósofos, jornalistas etc).

Alívio para o cotidiano, pelas explicações que fornece. Consolo para os aflitos, pela esperança viva que difunde. Revigorante para o ânimo pelo futuro ponderável que vislumbra. Fomento à alegria, pela justificativa para o enfrentamento das provas necessárias para o aprimoramento humano e anímico...

São 160 anos semeando a paz, a concórdia, o entendimento, a tolerância, o amor e a caridade a expensas da moral contida nos evangelhos.

¹fonte:  http://www.opovo.com.br/opinião

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